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    Gelatina faz bem para os ossos? Entenda os impactos dela na sua saúde

    Segundo nutricionistas ouvidos pela CNN, afirmação não é falsa, mas também não é completamente verdadeira

    Há muitos tipos de gelatinas. Mas se considerarmos a categoria mais comum, elas não diferem na sua composição
    Há muitos tipos de gelatinas. Mas se considerarmos a categoria mais comum, elas não diferem na sua composição Jeremy Villasis/Getty Images

    Da CNN

    Muita gente já ouviu falar que as gelatinas são uma opção saudável de lanche, especialmente porque, de acordo com o senso comum, elas fazem bem para os ossos.

    Porém, a relação entre as gelatinas e uma alimentação saudável não é tão direta.

    Nutricionistas ouvidos pela CNN explicam que a afirmação de que o alimento é bom para os ossos não é falsa, mas também não é completamente verdadeira.

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    “A presença de colágeno na gelatina de origem animal ajuda na elasticidade e firmeza da pele e dos ossos. Contudo, também conseguimos encontrar a mesma proteína em alimentos como carne ou peixe”, aponta Daniela Duarte, nutricionista na clínica Agita Kalorias.

    A gelatina é também associada ao fortalecimento das unhas e cabelo. “Mas a quantidade de colágeno presente nelas não é significativa a ponto de poder surtir tais benefícios”, completa Rita Ribeiro, nutricionista na clínica Fisiogaspar.

    De modo geral, a gelatina ajuda, mas não faz milagres para a sua saúde.

    “Apesar de já existirem opções enriquecidas com proteína, na versão convencional a gelatina não apresenta um teor significativo, principalmente em comparação com outros alimentos ricos em proteína como a carne e os ovos”, acrescenta Rita Ribeiro.

    Os pesquisadores ainda estudam os efeitos da gelatina, mas a evidência “é ainda insuficiente e pouco robusta” quanto aos benefícios na saúde óssea e das articulações se for combinada com suplementos de colágeno ou vitamina C.

    De que é feita a gelatina?

    Há muitos tipos de gelatinas. Mas se considerarmos a categoria mais comum, elas não diferem na sua composição.

    “A gelatina de origem animal é a mais comum, embora as opções vegetais sejam cada vez mais encontradas no mercado”, explica Daniela Duarte.

    E o que leva uma gelatina de origem animal? “É obtida a partir de colágeno, extraído dos ossos, pele, cartilagens e tendões de animais”, concretiza Rita Ribeiro.

    Já a gelatina de origem vegetal é obtida através de algas marinhas, nomeadamente a ágar-ágar.

    Vai bem sozinha?

    Os especialistas também explicam qual é a melhor maneira de consumir o alimentos, já que ele é usado como alternativa de doce mais saudável em muitas dietas.

    Mas a gelatina deve ser comida sozinha como um lanche, ou combinada com outras coisas?

    “É pouco calórica. Aquilo que pode acontecer caso seja a única fonte de energia do lanche é sentir fome mais cedo e ter tendência a não controlar os mecanismos de saciedade, acabando por comer mais depois”, descreve Daniela Duarte.

    E com que frequência podemos comê-la? “Embora não deva fazer parte do dia a dia, é por vezes uma estratégia em alguns planos de perda de peso”, completa.

    Rita também reconhece que, “sendo uma opção pouco calórica, refrescante e com sabor adocicado, inserida em quantidades controladas e no contexto de um plano alimentar saudável, poderá ser uma opção interessante a incluir para quem está em processo de emagrecimento”.

    Como a gelatina pode conter açúcar, adoçantes ou outros ativos, bem como corantes –que não fazem bem à saúde– aqui fica uma sugestão das nutricionistas: consuma gelatina neutra, incolor, sem adição de açúcar, juntando depois fruta para lhe dar sabor.

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    Animal ou vegetal?

    Para as nutricionistas, a composição das gelatinas de origem animal e vegetal são bem diferentes.

    “A gelatina de origem animal apresenta um teor proteico superior, ainda que baixo”, aponta Rita Ribeiro.

    Daniela Duarte explica que, enquanto a gelatina animal é “maioritariamente rica em proteína”, a gelatina vegetal é “rica em hidratos de carbono”.


    * Publicado por Iasmin Paiva. Com informações da CNN Portugal