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    Frente Nacional de Prefeitos espera plano nacional de imunização até quarta (16)

    Caso o governo federal não esclareça como vai fornecer vacinas para os municípios, entidade avalia buscar acordo diretamente com o Instituto Butantan

    Iuri Pittada CNN



     

    A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) espera até a próxima semana um posicionamento claro do Ministério da Saúde para definição de um Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19. 

    A entidade, que reúne as prefeituras das 26 capitais e das cidades com mais de 80 mil habitantes, avalia como alternativa, caso o governo federal não esclareça como vai fornecer vacinas para os municípios, buscar um acordo diretamente com o Instituto Butantan, que deu início nesta semana à produção da Coronavac.

    “Se o governo federal não se posicionar, semana que vem a FNP vai ao Butantan”, disse o presidente da Frente e atual prefeito de Campinas, Jonas Donizette. “Quem compra vacina é o governo federal, mas todos podemos esperar até um limite.”

    Na terça-feira, a organização já havia emitido nota, assinada tanto por atuais gestores quanto eleitos que vão assumir seus mandatos em janeiro, na qual afirmava ser “descabido que a União não se coloque, com clareza e efetividade, à frente desse processo para proteger os cidadãos brasileiros e garantir acesso universal à saúde, como determina a Constituição de 1988”. “A cada dia que passa são centenas de pessoas que perdem a vida pela doença”, dizem os prefeitos.

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    No início da semana, após o anúncio do governador João Doria (PSDB) de que São Paulo começaria em 25 de janeiro a aplicar a Coronavac em profissionais de saúde do estado e população idosa, parte dos prefeitos reunidos na FNP já defendia o início de um protocolo de intenções com o Butantan, mas prevaleceu a avaliação de que é preciso esperar o governo federal apresentar um plano nacional que envolva a compra do imunizante e dos insumos necessários para vacinar os profissionais de saúde e o público prioritário nos municípios.

    “Não é razoável que algumas cidades e estados tenham que lançar mão de estratégias locais de aquisição de vacinas para proteger a população porque o governo federal procrastinou assunto tão importante. Imunizar os brasileiros é devolver ao povo a liberdade de conviver, a confiança de trabalhar e a possibilidade de sonhar”, diz a nota da FNP de terça-feira.

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