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    Fiocruz tem IFA nacional para a produção de 21 milhões de doses de vacina

    Insumo será transferido de área nesta sexta-feira, em Bio-Manguinhos, para início da fabricação das vacinas contra a Covid-19

    Produção da vacina AstraZeneca contra a Covid-19 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro
    Produção da vacina AstraZeneca contra a Covid-19 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro Rodrigo Pereira/Fundação Oswaldo Cruz

    Stéfano SallesThayana Araújoda CNN

    no Rio de Janeiro

    Depois de ter sido autorizada a iniciar a produção da vacina contra a Covid-19 com a utilização do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já conta com o insumo produzido localmente para a produção de 21 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.

    O produto está em diferentes etapas de produção e controle de qualidade no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).

    A informação foi confirmada nesta quinta-feira (13) pelo órgão federal. Segundo a Fiocruz, o primeiro lote nacional será transferido da área de armazenagem, de Bio-Manguinhos, para a de formulação nesta sexta-feira (14). No novo destino, passará pelo processo de descongelamento.

    Em seguida, ocorrerão demais processos de produção da vacina: formulação, envase, revisão, rotulagem, embalagem e controle de qualidade, como já acontecia com os imunizantes produzidos a partir da matéria-prima importada.

    A Fiocruz recebeu a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para produzir a vacina com IFA nacional na última sexta-feira (7). Com a decisão, a instituição será a primeira do país em condições de produzir e distribuir uma vacina 100% nacional contra a Covid-19.

    Originalmente, o objetivo anunciado era que as doses de vacinas produzidas com IFA nacional começassem a ser distribuídas em agosto de 2021, chegando a 110 milhões de doses até dezembro.

    No entanto, de acordo com o órgão federal, os atrasos foram causados por problemas na assinatura do contrato de transferência tecnológica com a AstraZeneca. Previsto para ser firmado em dezembro de 2020, o acordo só foi selado em junho do ano passado.

    Vice-presidente da Fiocruz, Marco Aurélio Krieger celebrou a importância do momento enfrentado pela fundação no enfrentamento à pandemia e do impacto.

    “São três pontos fundamentais: a tecnologia de fronteira já sendo totalmente dominada, a autonomia e independência no planejamento e produção. E, por fim, a possibilidade de, em um futuro próximo, auxiliar o esforço global com grande capacidade de produção”, avalia.

    A fala do cientista faz referência ao fato de o Ministério da Saúde ter encomendado à Fiocruz, até o momento, 120 milhões de doses para esse ano. Como a capacidade de produção de Bio-Manguinhos é de 180 milhões de doses nas duas linhas do laboratório, essa diferença de 60 milhões de imunizantes pode ser negociado para exportação.