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    Fiocruz retoma produção da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 nesta terça

    No fim da tarde de sábado (22), a Fundação recebeu mais uma remessa dos insumos, que deve ser suficiente para fabricar cerca de 12 milhões de vacinas

    Renato Barcellos, da CNN, em São Paulo

    A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deve retomar a produção de vacinas da AstraZeneca/Oxford nesta terça-feira (25), cinco dias após paralisar a fabricação, na última quinta-feira (20), por falta do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), principal insumo para produção do imunizante.

    No fim da tarde de sábado (22), a Fiocruz recebeu mais uma remessa dos insumos, que devem ser suficientes para fabricar cerca de 12 milhões de doses da vacina. Dessa forma, os repasses previstos ao Programa Nacional de Imunização (PNI) até a terceira semana de junho estão mantidos.

    Embora o recebimento desses insumos garanta os repasses previstos para junho, sem a assinatura de contratos de transferência de tecnologia, a Fundação Oswaldo Cruz corre o risco de não entregar vacinas contra Covid-19 a partir do mês de agosto.

    O acordo é o que pode permitir a Fiocruz iniciar a produção local do IFA, reduzindo a dependência brasileira de insumos estrangeiros. A Fundação, no entanto, tem a expectativa de assinar, nesta semana, dois novos contratos com a AstraZeneca. A informação é do analista da CNN, Leandro Resende.

    Um contrato prevê prorrogar o envio de mais IFAs da China. O outro, é para a Fiocruz poder receber da farmacêutica o que falta de tecnologia para que o Brasil consiga produzir a vacina 100% nacional.

    O contrato da transferência de tecnologia entre Fiocruz e AstraZeneca não avança porque esbarra em direito de propriedade intelectual e leis internacionais. O prazo inicial era para assinar em fevereiro. Desde setembro, a Fundação alega que o contrato de transferência total de tecnologia está em fase final de discussão.

    O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello chegou a anunciar que o contrato fora fechado em fevereiro numa cerimônia na Fiocruz. O documento, no entanto, nunca foi assinado.

    “Com a chegada, a incorporação da tecnologia que está contratada, poderemos fabricar 20 milhões de doses por mês no segundo semestre aproximadamente, já com a produção do IFA no Brasil, aqui na Fiocruz”, disse Pazuello na ocasião.

    Alternativa

    Enquanto o contrato não é assinado, a Fiocruz tenta prolongar o contrato com a AstraZeneca de envio de IFAs. Apesar dos atrasos, a AstraZeneca tem acordo para fornecer os insumos até o mês de junho, o que garante a produção de doses até julho. Para evitar interrupção na produção de a partir do fim do contrato de IFA, a Fiocruz quer garantir mais insumos, numa espécie de prolongamento do atual contrato. 

    Existe, porém, o risco de a produção parar a partir de agosto, caso novos IFAs não sejam enviados. Se o contrato de transferência de tecnologia for assinado até o final deste mês, a Fundação informa que consegue entregar vacina nacional a partir de outubro. No entanto, com esse panorama o Brasil ficaria sem doses do imunizante em agosto e setembro.

    Vacinação contra Covid-19

    As vacinas contra a Covid-19 garantem proteção porque previnem a doença, especialmente nas formas graves, reduzindo as chances de morte e internações.

    Embora não impeçam o contágio e nem a transmissão do vírus, a vacinação é essencial, já que induz o sistema de defesa do corpo a produzir imunidade contra o coronavírus pela ação de anticorpos específicos, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

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