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    Fiocruz inicia etapa final da produção de vacina 100% nacional contra Covid

    Fundação deve transferir nesta sexta (14) o primeiro lote de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da área de armazenagem para o setor de formulação

    Ingrid Oliveirada CNN

    São Paulo

    A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), deve transferir nesta sexta-feira (14) o primeiro lote de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da área de armazenagem para o setor de formulação. O insumo começará a ser usado na fabricação de vacinas contra a Covid-19, junto ao Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos).

    Desde o ano passado, a Fiocruz produz no Brasil a vacina desenvolvida pela AstraZeneca contra a doença, mas com IFA importado do laboratório chinês WuXi Biologics.

    A fundação informou que nos dias seguintes haverá o processamento final das vacinas Covid-19 Fiocruz 100% nacionais, passando pelas etapas de formulação, envase, revisão, rotulagem, embalagem e controle de qualidade, conforme já ocorre com as vacinas produzidas a partir do IFA importado. 

    As primeiras doses estão previstas para serem entregues ao Ministério da Saúde em fevereiro.

    A Fiocruz diz que continuará normalmente com a produção da vacina contra o coronavírus, intercalando o processamento de lotes utilizando IFA importado com o processamento de remessas utilizando o insumo nacional. 

    O ingrediente nacional começou a ser produzido ainda em julho de 2021 e teve aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 7 de janeiro de 2022.

    O IFA é um dos insumos mais importantes da vacina, pois contém as informações necessárias para que o corpo produza defesas contra o SARS-CoV-2.

    O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, falou que “este é um passo que o Brasil dá na autossuficiência das vacinas contra a Covid-19 e para também, quem sabe, passar a ser um exportador de vacina e um supridor desse insumo para toda a América Latina”.

    Ele destacou a importância do investimento no parque industrial de saúde no Brasil. “Esse passo sinaliza a independência para a produção desse insumo, que se mostrou fundamental no enfrentamento à pandemia”, afirmou.

    Cruz diz que o imunizante já está incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e que o brasileiro mostrou que tem uma cultura de se vacinar. “Mais de 90% do público-alvo já tomou a primeira dose e mais de 80% tomou a segunda dose. Diante disso, a produção da vacina em solo brasileiro vai suprir essa demanda”, finalizou.

     

    *Com informações de Stéfano Salles e Thayana Araújo