Fiocruz diz que precisará de mais R$ 2 bi em 2021 para produzir vacina de Oxford
Até agora, o governo já liberou R$ 1,99 bilhão para a produção do imunizante
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, afirmou nesta quarta-feira (2) que a fundação precisará de mais R$ 2 bilhões para produção de 110 milhões de doses da vacina de Covid-19 no segundo semestre de 2021.
“Isso pressupõe não só a transferência de tecnologia, que em parte já contemplada, mas também todo o trabalho para a produção, com desenvolvimento do ingrediente farmacêutico no Brasil, e atividade de farmacovigilância que estaremos realizando”, disse durante audiência de balanço das ações da Fiocruz na Comissão Externa da Câmara que acompanha as ações de combate à Covid-19.
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Até agora, o governo já liberou R$ 1,99 bilhão para a produção do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca. Nísia disse que a Fiocruz já está discutindo com o Ministério da Saúde “a necessidade desse valor extra”.
De acordo com o plano da Fiocruz, o acordo com Oxford prevê a produção de 210,4 milhões de doses, sendo 110 milhões no segundo semestre de 2021. Os recursos extras seriam para esse segundo lote de vacinas. A primeira remessa do imunizante tem previsão de entrega em fevereiro de 2021.
Sem estabelecer uma data, Nísia declarou que a submissão do pedido de registro da vacina à Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) deve ser feita “em breve. Ela ressaltou que o cronograma tem sido cumprido e que a agência tem feito as inspeções nos laboratórios que vão produzir o imunizante.