Fiocruz aponta tendência de melhora na ocupação de leitos de UTI para Covid-19
Indicadores apontam estabilidade do número de novos casos e de mortes provocadas pela doença
A nova edição do boletim Observatório Covid-19, divulgado nesta quarta-feira (30), pela Fundação Oswaldo Cruz aponta uma estabilidade no número de novos casos da doença, entre os dias 20 e 26 de junho. Foram notificados em média 72 mil casos novos da Covid-19, por dia, em todo país. Também foi verificada uma redução da mortalidade de 2,5% ao dia.
Neste período, foram registradas cerca de 1.700 mortes por dia. De acordo com os pesquisadores, as oscilações observadas nesses indicadores confirmam a permanência de um alto platô de transmissão da doença, muito superior ao vivido em meados de 2020.
Os especialistas afirmam que a leve queda na incidência de casos novos e da mortalidade pode ser reflexo da campanha de vacinação, que atualmente atinge uma grande parcela da população idosa e grupos de maior risco ou mais expostos, como portadores de doenças crônicas e profissionais de saúde, transporte e segurança.
O estudo verificou também que a situação dos leitos de UTI – que atingiu o nível máximo de sobrecarga e colapso em meados de março de 2021 – parece estar se consolidando em patamares melhores.
Apenas três estados apresentam taxas de ocupação de leitos iguais ou superiores a 90%, são eles: Tocantins, Paraná e Santa Catarina. Outros quinze estados, como Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, estão na zona de alerta intermediário, com índices variando entre 60% e 80%. Fora da zona de alerta, estão Rondônia, Acre, Amapá e Paraíba, com ocupação de leitos de UTI inferior a 60%.
A Fiocruz afirma que, mesmo com a melhora nos indicadores, ainda não é possível afirmar que a pandemia esteja controlada no Brasil.
O boletim destaca também que, com o aumento da pobreza e da miséria, com elevação nos indicadores de insegurança alimentar e da fome, se faz necessária a criação de políticas sociais, combinadas com um Plano Nacional de Recuperação Econômica e Proteção Social, para mitigar o impacto da pandemia nos grupos mais vulneráveis.
Dentre essas medidas estão políticas de geração de emprego e renda, além de iniciativas envolvendo toda a sociedade por meio de doações e ações de assistência social para o combate a fome na pandemia.