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    Fiocruz anuncia que vai atrasar entrega de vacinas em duas semanas

    As próximas entregas dos imunizantes só serão feitas a partir do dia 13 de setembro

    Isabelle Resendeda CNN no Rio de Janeiro

    A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) irá interromper a entrega de vacinas contra a Covid-19 para o Programa Nacional de Imunizações por pelo menos duas semanas. As próximas entregas dos imunizantes produzidos pela Fiocruz só serão feitas a partir do dia 13 de setembro.  A interrupção na produção foi provocada pela demora na entrega do Ingrediente Farmacêutico Ativo, o IFA.

    Nesta sexta-feira (3), a instituição recebe mais um lote da matéria-prima, mas o quantitativo é suficiente para a produção de 4,5 milhões de doses. Em nota, a Fiocruz ressaltou que essa remessa de IFA, somada às duas anteriores recebidas nos dias 25 e 30 de agosto, irá compor as 15 milhões de vacinas que serão entregues ao PNI no mês de setembro.

    A Fiocruz esclarece que todas as doses relativas ao lote de IFA recebido no fim de agosto (em 25 e 30) já foram produzidas e estão na etapa de controle de qualidade e que neste momento, há 6,1 milhões de doses na etapa de controle de qualidade e o restante em produção.

    O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) aguarda a confirmação das datas para a chegada dos próximos lotes do insumo ainda no mês de setembro. Todo o processo, desde a chegada do insumo até a entrega da vacina, leva cerca de três semanas, incluindo o período de controle de qualidade das vacinas.

    Em nota, a fundação afirmou que a AstraZeneca tem garantido entregas mensais de lotes de IFA, conforme acordado e que a Fiocruz tem buscado acelerar o envio das remessas junto à farmacêutica para garantir as entregas semanais de forma ininterrupta.

    Queda na produtividade

    A remessa de vacinas contra a Covid-19 entregues pela Fiocruz ao Programa Nacional de Imunizações vem caindo mês a mês desde maio. O motivo foi a diminuição da quantidade de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) importado. A Fundação recebeu menos matéria-prima do que esperava e teve que diminuir a velocidade de produção na fábrica de Bio-Manguinhos.

    De acordo com levantamento feito pela CNN, a queda nas entregas entre maio e julho foi de 30%. Entre maio e agosto, a produtividade despencou 46%. O mês de agosto terminou com menos doses entregues do que os quatro anteriores, representando o terceiro mês de queda.