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    Fiocruz admite atraso em contrato, mas descarta prejuízo na fabricação de vacina

    A Fiocruz reconheceu que houve atraso na assinatura do contrato de transferência tecnológica com a AstraZeneca

    Fiocruz produz vacina em parceria com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca
    Fiocruz produz vacina em parceria com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca Foto: Cadu Rolim/FotoArena/Estadão Conteúdo

    Por Iuri Corsini, da CNN, no Rio de Janeiro

     

    A Fiocruz reconheceu que houve atraso na assinatura do contrato de transferência tecnológica com a AstraZeneca, para permitir que a Fundação produza a vacina contra a Covid-19 no Brasil, sem depender de insumos vindos de fora.

    Porém, o órgão esclareceu que essa “não assinatura do contrato de transferência de tecnologia até esse momento não teve impacto no cronograma atual de entrega de vacinas ao longo dessa primeira fase, em que os imunizantes serão produzidos a partir do IFA importado.” 

    Essa 1ª fase, como salientou a Fiocruz, segue até julho deste ano. A previsão de entregas de vacinas produzidas 100% pela Fiocruz permanece a mesma de antes: no segundo semestre de 2021. Portanto, até o momento, segundo a Fiocruz, esta meta não mudou e nem sofreu atrasos.

     

    O atraso na não assinatura do contrato, segundo a Fundação, se deu devido ao “grau de detalhamento necessário para este tipo de documentação”, que exige um tempo maior de preparação. A Fiocruz informou que o documento deverá ser assinado até março. O cronograma detalhado para produção nacional do IFA, bem como as entregas de vacinas integralmente produzidas por Bio-Manguinhos/Fiocruz, previstas para o segundo semestre, será definido no contrato de transferência.

    Já a AstraZeneca informou que “a negociação para assinatura do contrato para a transferência de tecnologia necessária para a produção de insumo farmacêutico ativo (IFA), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), está em andamento e deve ser concluída em breve”, e que trabalha diariamente para viabilizar a transferência tecnológica para a produção do IFA o mais rápido possível.

    O Termo de Encomenda Tecnológica entre Fiocruz e Bio-Manguinhos foi firmado com a AstraZeneca no dia 8 de setembro do ano passado.

    Simultaneamente, houve atraso por parte da Fiocruz, na entrega para a Anvisa do protocolo desenvolvido internamente em relação aos lotes testes (400 mil doses ao todo) desenvolvidos pela Fiocruz. Segundo apurou a CNN, a previsão de entrega deste processo de produção dos lotes testes era no dia 17 de fevereiro, com expectativa da Anvisa aprovar ou não no dia 18 deste mês. 

    Questionada, a Fiocruz, até o momento, não se pronunciou sobre este atraso no envio do processo e ainda não informou qual é a nova data para envio deste protocolo de produção dos lotes testes.

    Vale ressaltar que sem essa validação, a Fiocruz fica impossibilitada de produzir a vacina nacionalmente. Além disso, mesmo em caso de aprovação pela Anvisa, os processos de fabricação de vacinas nacionais bem como a produção do IFA aqui no país ficam travados até que o contrato com a AstraZeneca seja assinado.