Falta de apoio a minorias causa mais problemas de saúde mental, diz psicólogo
À CNN Rádio, Roberto Debski afirmou que falar sobre suicídio e prevenção é essencial e reforçou a importância do Setembro Amarelo
Em entrevista à CNN Rádio, no CNN no Plural, o psicólogo Roberto Debski afirmou que as minorias, como os negros e pertencentes à comunidade LGBTQIA+, têm fatores que agravam a saúde mental deste grupo.
“Já vemos a saúde mental com grande fragilidade nesses tempos de pandemia, ela tem se agravado, mas, para minorias, isso vai além”, disse.
O psicólogo destaca que eles costumam ter problemas de autoestima, de validação e até autopreconceito.
“A falta de apoio aliada a todos esses fatores atuam como agravantes para a saúde mental, impactam nos dados de depressão, ansiedade e tendência ao suicídio”, completou.
Debski defendeu que é “fundamental conscientizar as pessoas a respeito do tema”, como na campanha Setembro Amarelo.
“A ideia de que não falar sobre o assunto, senão vai aumentar o número de casos, na realidade é o contrário.”
Segundo ele, “quanto mais consciência e à medida que trabalhamos o preconceito, educamos as pessoas e encontramos as que estão nessa situação de vulnerabilidade.”
O especialista avalia que é importante observar os sinais que as pessoas dão, comportamentos agressivos ou retraídos.
“Não devemos julgar ou criticar as pessoas, porque isso piora a situação, mas, sim, acolher e escutar”, reforçou.