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    Expectativa é distribuir 2 bilhões de vacinas em 2021, diz vice-diretora da OMS

    Mariângela Simão avalia progresso das vacinas contra a Covid-19

    Algumas notícias animadoras sobre a busca da cura para a Covid-19 foram divulgadas nesta semana. A Johnson e Johnson anunciou que vai começar a terceira fase de testes de sua vacina. Além disso, estudos clínicos revelaram que a vacina chinesa desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan é segura.

    Em entrevista à CNN, Mariângela Simão, vice-diretora geral da OMS (Organização Mundial da Saúde) comentou os avanços das vacinas contra a Covid-19. De acordo com ela, ter informações sobre novas vacinas é positivo e que a Organização pretende distribuir 2 bilhões de doses no próximo ano. 

    “O que é certeza para o ano que vem é que não vai ter vacina para o mundo inteiro. Portanto, a OMS está trabalhando neste consórcio internacional de vacinas. Nossa expectativa é fazer a distribuição de 2 bilhões de doses no ano que vem. O que quer dizer que se a vacina for de duas doses, vai ser um bilhão de pessoas vacinadas”, disse.

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    Foto: Freepik

    E acrescenta: “É extremamente importante que em um primeiro momento haja proteção para os profissionais de saúde. Também é preciso priorizar pacientes com mais de 65 anos ou que têm doenças associadas. Tudo isso está colocado para o ano que vem. A mensagem [de ter vacinas em fase final de produção] é boa, mas é necessário ter a manutenção das medidas e todos os cuidados que já conhecemos, e que devem continuar no ano que vem”.

    Na avaliação da especialista, as duas vacinas anunciadas e que estão na terceira fase de produção são essenciais para “promover a esperança” e que “é preciso ter boas notícias para continuar nesta luta [contra a Covid-19].

    “Já está todo mundo cansado e a esperança é o que move o mundo. Nós precisamos de boas notícias para continuar nesta luta. Evidentemente que a vacida da Johnson e Johnson ter entrado em fase três é uma excelente notícia. Ao entrar nesta fase, a empresa pretende testar 60 mil voluntários. É nesta fase que você está testando principalmente a segurança e eficácia. Outra notícia boa é que parte destes testes serão feitos em pessoas acima de 60 anos. Porque a maior parte dos testes de vacina tem sido feitas em pessoas com até 55 anos”, avaliou. 

    Mariângela também comentou sobre o anúncio feito pelo governo paulista sobre a eficácia da Coronavac. De acordo com ela, é difícil saber se será possível a vacinação da dose em fevereiro do próximo ano.

    “A Sinovac também está em fase três e o lado positivo é que já tem apresentado dados preliminares sobre a segurança, mas tudo isso só acaba quando é finalizado o processo da terceira fase. É extremamente importante que todos os processos de produção sejam seguidos ponto a ponto. Mesmo que a gente esteja fazendo os processos de uma forma mais acelerada, é importante não ter nenhum comprometimento da segurança e da eficácia.”

    E finaliza: “Ainda é difícil saber se esta é uma expectativa real, sem ter visto a finalização do estudo da terceira fase. A OMS está em um otimismo cauteloso sobre esta questão. Nós vamos ter vacinas no mercado em meados do ano que vem. Não só porque você precisa terminar a última etapa, mas será necessário licenciar esta vacina. Portanto, todo este processo é um pouco demorado”.

    (Edição de texto: Luiz Raatz)

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