EUA ultrapassam 500 mil mortes por causa da Covid-19
Ao todo, 500.070 norte-americanos foram vítimas da doença, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins
Pouco mais de um ano desde a primeira morte conhecida por Covid-19 nos Estados Unidos, o país ultrapassou nesta segunda-feira (22) a marca de 500 mil vítimas.
De acordo com a Universidade Johns Hopkins, 500.071 norte-americanos perderam a vida por causa do novo coronavírus. Projeções do Instituto de Métricas Médicas (IHME, na sigla em inglês) da Universidade de Washington apontam que haverá mais 91 mil óbitos no país até 1º de junho.
Segundo a Johns Hopkins, já foram registrados 111.642.024 casos e 2.471.494 mortes em todo o mundo. Dessa forma, os EUA representam 25,23% do total de infecções e 20,23% do total de mortes.
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês), já foram aplicadas mais de 64 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 até o momento nos EUA, somando primeiras e segundas doses.
De acordo com o monitoramento da plataforma Our World in Data, da Universidade de Oxford, os EUA ocupam a primeira posição com mais doses aplicadas, seguidos pela China com 40,5 milhões e pelo Reino Unido, que já aplicou 17,8 milhões.
Número histórico
“É histórico. Não passamos por nada semelhante nos últimos 102 anos, desde a pandemia de gripe espanhola em 1918”, disse Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas do país. “É uma situação realmente terrível pela qual passamos e ainda estamos passando. E essa é a razão pela qual insistimos pela continuação das medidas de saúde pública – porque não queremos que isso fique ainda pior do que já é”.
Quedas no número de casos e hospitalizações nas últimas semanas fizeram com que estados e cidades relaxassem as restrições. No entanto, com o surgimento de variantes do vírus, os especialistas em saúde reforçam que é necessário aumentar as medidas para prevenir outro aumento catastrófico.
“Mais aumentos rápidos no movimento de pessoas ou redução no uso de máscaras pode facilmente levar a um aumento de mortes e casos em vários estados em abril”, disse a equipe da universidade de Washington.
Apesar de estar vacinando de maneira consistente, ainda levará meses para que os Estados Unidos atinjam uma cobertura suficiente para frear o contágio. Até o momento, mais de 18,8 milhões de norte-americanos já receberam as duas doses da vacina, o que equivale a 5,7% da população.
Fauci estima que 70% a 85% da população do país precisa estar vacinada para atingir a chamada imunidade de rebanho. A equipe do IHME escreveu que não espera que o país chegue à proteção coletiva até dezembro.
(*Com informações de Christina Maxouris e Holly Yan, da CNN; Giovanna Bronze, Henrique Andrade e Ludmila Candal, da CNN, em São Paulo)