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    ‘Eu espero que este resultado seja 2×0 para as vacinas’, diz infectologista

    Rosana Richtmann ressalta que todos deverão manter os protocolos de segurança, como o uso de máscaras e álcool em gel, mesmo após receber o imunizante

    Da CNN, em São Paulo

     

    Cinco diretores colegiados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estão reunidos na manhã deste domingo (17), para decidir pela aprovação, ou não, dos pedidos de uso emergencial das vacinas Coronavac e AstraZeneca.

    A CNN conversou com Rosana Richtmann, médica infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, sobre a expectativa para a aprovação dos imunizantes no Brasil.

     

    “Eu estou me sentindo meio que — eu que gosto de esporte — quase que em uma final de campeonato em que a gente está querendo ver logo esse resultado. E eu espero que este resultado seja 2×0. 2×0 para as vacinas para que as duas sejam aprovadas para uso emergencial”, diz.

    A infectologista afirma ainda que o efeito da vacinação não é imediato: o corpo leva um tempo para produzir uma quantidade suficiente de anticorpos a fim de que o indivíduo esteja seguro e imunizado. 

    “Você toma uma vacina e seu sistema imune já começa a produção de anticorpos, só que existe um período. Normalmente, este período leva em torno de duas a três semanas, depois da vacina, para já ter um nível melhor de proteção”, diz.

    Ela ressalta que todos deverão manter os protocolos de segurança, como o uso das máscaras e álcool em gel, mesmo após receber o imunizante.

    “Nós sabemos que estas vacinas de uso emergencial e as vacinas que estão sendo discutidas, elas não têm 100% de eficácia para você não ter a doença. Elas têm uma eficácia muito, mas muito boa, para a gente não ter doença grave, para a gente não ver o que está acontecendo em Manaus — essa tragédia sanitária”.

    Sobre a necessidade da segunda dose, Richtmann diz que ela será responsável pela manutenção da ação protetiva. “Essa segunda dose tem uma finalidade não só de complementar a eficácia, mas também de manter a proteção por um tempo maior”, conclui.