Estudos apostam no uso de plasma contra a Covid-19
Técnica já foi usada em pandemias anteriores
O Brasil está realizando 27 estudos sobre o uso de plasma de pessoas que tiveram Covid-19 no tratamento de pacientes com a doença. A técnica, que já foi utilizada em pandemias anteriores, é uma esperança na luta contra os efeitos do novo coronavírus no organismo.
O primeiro estudo do plasma convalescente, produzido pelo próprio corpo de pacientes recuperados, está sendo conduzido pelos hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, em São Paulo. Uma série de exames foi feita para saber se os doadores tinham níveis de anticorpos suficientes para a transfusão. Nesse estudo, 120 pacientes vão receber o material.
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“Aparentemente você consegue prevenir a entubação em um número razoável. Comprovamos que a terapia é segura e potencialmente útil para aqueles pacientes que estão à beira de serem entubados, por exemplo”, diz Luiz Vicente Rizzo, diretor de pesquisa do Einstein.
“Essa é a primeira vez que este procedimento está sendo usado em larga escala e no mundo inteiro”, completa Silvano Wendel Neto, diretor médico do Sírio Libanês.
O hospital das Clínicas, também em São Paulo, está realizando outro estudo, com parceria de outros hospitais privados. Alguns doentes recebem somente placebo. “Estamos sorteando 120 pacientes em três grupos: um não recebe plasma, outro recebe uma bolsa e outro duas bolsas de plasma”, explica Wendel.