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    Estudo indica aumento em casos de depressão durante pandemia

    Pesquisa brasileira revelou aumento na incidência de doenças mentais principalmente nos trabalhadores que precisam sair diariamente durante a quarentena

    Da CNN, em São Paulo


    Um estudo feito pelo Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) apontou que os casos de depressão praticamente dobraram desde o ínicio da quarentena. Entre março e abril, dados coletados online indicam que o percentual de pessoas com depressão saltou de 4,2% para 8,0%, enquanto para os quadros de ansiedade o indíce foi de 8,7% para 14,9%.

    O coordenador da pesquisa, Alberto Filgueiras, explicou à CNN que os dados revelam o adoecimento da saúde mental dos brasileiros durante o período de isolamento social por causa da pandemia de Covid-19.

    “Assim que houve o decreto estebelecendo a quarentena no Rio de Janeiro, fizemos um primeiro levantamento entre 16 e 21 de março e depois o comparamos com uma segunda amostra da última semana de abril. Com isso, chegamos a dados bastante impactantes do ponto de vista do adoecimento da saúde mental e também conseguimos vislumbrar quais são as variáveis envolvidas nisso”, disse.

    Filgueiras destacou outro dado importante que ajuda a desmistificar um senso comum sobre a quarentena. “Ao contrário do que pensamos, pessoas no confinamento não tendem a adoecer mais mentalmente. Aquelas que precisam sair de casa para trabalhar diariamente foram as que apresentaram os maiores níveis de adoencimento mental.”

    O pesquisador explicou que o medo de contrair o vírus nas ruas faz os trabalhadores que precisam sair durante a quarentena adoecerem mais do que aqueles que estão de home office ou isolados em suas casas.

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