Estudo da Fiocruz mostra falta de investimento na saúde básica na pandemia
Apenas 34% dos profissionais de saúde receberam capacitação para enfrentar o coronavírus
Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontou a falta de investimento na atenção básica à saúde na linha de frente da pandemia da Covid-19.
Segundo o estudo, somente 34% dos profissionais de saúde de Atenção Primária à Saúde (APS) receberam capacitação para o combate ao novo coronavírus.
Nessa parcela estão os profissionais que foram capacitados sobre Covid-19 e sobre uso de EPI organizada pela gestão.
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Outro ponto que chama atenção é a distribuição de equipamentos de proteção individual (EPI). 30% dos profissionais disseram não ter tido acesso à máscara N95 – a mais indicada para equipes na linha de frente.
Apenas 21% afirmaram ter tido acesso a todos os equipamentos que compõem o kit completo de EPIs. A pesquisa ainda apontou que somente 18% dos profissionais tiveram acesso ao teste RT-PCR para detecção da Covid-19.
A região Nordeste teve mais dificuldade de acesso às máscaras N95, luvas, aventais e outros itens de proteção individual.
Além da Fiocruz, a pesquisa foi conduzida pela Universidade de São Paulo (USP), pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a partir da iniciativa da Rede de Pesquisa em Atenção Primária, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/Brasil).