Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Estudo: bebês que nasceram na pandemia têm menos problemas intestinais

    Por terem menos contato com o mundo externo, essas crianças desenvolveram menos doenças e alergias

    No estudo, foi detectado que apenas 17% dos bebês que nasceram durante o confinamento necessitaram fazer uso de antibióticos até um ano
    No estudo, foi detectado que apenas 17% dos bebês que nasceram durante o confinamento necessitaram fazer uso de antibióticos até um ano Freepik

    Giovana Christda CNN

    Estudo publicado na revista Allergy mostrou que bebês que nasceram nos três primeiros meses da pandemia, em comparação aos nascidos no período pré-confinamento, desenvolveram menos problemas intestinais e alergias alimentícias.

    A pesquisa foi desenvolvida pela University College Cork, na Irlanda. A hipótese é que o menor contato com o mundo externo e, consequentemente, com menos bactérias que causam doenças, fez com que essas crianças desenvolvessem uma microbiota intestinal melhor do que a dos bebês que nasceram antes da pandemia.

    Além disso, os “bebês pandêmicos” tiveram menos infecções causadas por bactérias e, consequentemente, fizeram menor uso de antibióticos. Também foram beneficiados por uma maior duração na amamentação, já que o leite materno é um dos grandes responsáveis pelo fortalecimento do sistema imunológico nesta fase da vida.

    “Um resultado fascinante é que, devido à redução das exposições humanas e à proteção contra infecções, apenas 17% dos bebês necessitaram de antibióticos até um ano, o que se correlacionou com níveis mais altos de bactérias benéficas, como as bifidobacterium.

    O estudo forneceu um rico repositório de dados, os quais continuaremos a analisar e investigar no futuro.”, comentou o Professor Liam O’Mahony, Investigador Principal do APC Microbiome Ireland e Professor de Imunologia no University College Cork.

    Para o estudo, foram analisados exames de fezes de 351 bebês dos dois grupos e essas crianças serão novamente avaliadas quando completarem cinco anos para continuar a investigação das diferenças do sistema digestório dos bebês nascidos durante a pandemia.