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    SP vai seguir Ministério da Saúde e reduzir tempo de quarentena, diz secretário

    Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde, disse em entrevista à CNN que vacinação permite esse movimento de redução de isolamento de dez para sete dias

    Tiago TortellaElis Francoda CNN

    O secretário estadual da saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, confirmou, em entrevista à CNN nesta segunda-feira (10), que o estado seguirá a normatização do Ministério da Saúde para diminuir o tempo de quarentena de dez para sete dias para os casos leves e moderados de Covid-19.

    “São Paulo seguirá essa normatização, que tem a mesma vertente do governo do estado de São Paulo”, disse o secretário.

    De acordo com Gorinchteyn, a vacinação permite esse movimento, já que ela “diminui a quantidade de vírus” e o tempo em que uma pessoa transmite a doença, o que teria sido demonstrado nos dados científicos que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos utilizaram para também diminuir o período de isolamento no país norte-americano.

    O secretário da Saúde informou que a testagem é fundamental para a compreensão da situação da pandemia e de outras doenças, e que São Paulo tem recebido testes do Ministério da Saúde, mas que é necesário uma quantidade ainda maior.

    “Temos visto que a testagem está mais frequente, mas, em um momento em que há muitas pessoas com sintomas leves ou que deixam em dúvida se é gripe, coronavirus, ou outas doença, é fundamental”, colocou.

    Quanto aos dados da pandemia, Gorinchteyn disse que o Censo Covid, plataforma do governo do estado, permitiu que as autoridades locais compreendessem a situação atual, mesmo com os sistemas do Ministério da Saúde ainda afetados por um ataque hacker. Nela, é possível analisar os casos relativos à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado.

    O secretário também informou que o tempo médio de internação na cidade caiu, o que tem “íntima relação com a vacinação”. Segundo explicou, o “cenário visto nas portas dos hospitais não se reflete nas alas de internação” – São Paulo enfrenta crescimento na procura por atendimento por sintomas respiratórios.

    Gorinchteyn também comentou sobre o número crescente de profissionais de saúde afastados em São Paulo por Covid-19 e sobre o Carnaval.

    Ele explicou que, além do isolamento do infectado, várias outras pessoas tinham de ficar em quarentena esperando os testes de Covid, o que piorou o quadro.

    “O encurtamento [da quarentena] é fundamental, pois permite que os profissionais voltem em um período mais curto, mas sem o risco de serem pessoas infectantes”, pontuou.

    Sobre as festividades, o secretário da Saúde disse que “sem dúvida” não seria possível realizar o Carnaval no atual momento da pandemia, mas que as decisões futuras serão tomadas pelos prefeitos, recomendando zelo e cuidado para a análise. “Temos dois vírus circulando de forma contínua e concomitante”, disse.

    Por fim, ele alertou que é necessário retomar a proteção do público jovem com a vacinação. Conforme explicou, são 2 milhões e 600 mil pessoas no estado que não tomaram a segunda dose de vacinas contra a Covid, sendo 1 milhão e 600 mil do grupo de 12 a 29 anos, que, segundo Gorinchteyn, é o que mais desrespeita as normas sanitárias, podendo levar o coronavírus para os familiares.

    Veja a entrevista completa no vídeo acima

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