Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    “Esse é o momento de exigir o passaporte vacinal”, diz pesquisador da Fiocruz

    Infectologista e pesquisador da Fiocruz Júlio Croda falou à CNN sobre as medidas para conter a variante Ômicron

    Anna Gabriela Costada CNN* , em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (2), o infectologista e pesquisador da Fiocruz do Mato Grosso do Sul Júlio Croda afirmou que a exigência do passaporte da vacina se faz necessária no Brasil, principalmente neste momento de incertezas referentes à variante Ômicron.

    O pesquisador destaca que o passaporte vacinal é um método já utilizado em diversos países, e visa reduzir os índices de transmissão da doença.

    “A maioria dos países do mundo adotam essa estratégia com o objetivo de reduzir a transmissão. Quem é vacinado transmite menos a variante e também causa menos impacto ao sistema de saúde, menos risco de hospitalização e óbito. Então, o Brasil está com endemicidade, tem um número de casos muito baixos, esse é o momento sim de exigir o passaporte vacinal, de exigir RT-PCR para os viajantes e eventualmente até colocá-los em quarentena”, disse.

    Para Croda, a medida deveria valer até que os cientistas entendam melhor os impactos da nova variante Ômicron do coronavírus, e não descarta a possibilidade de revacinação mundial.

    “A preocupação é em relação ao escape de resposta imune, princialmente se as vacinas continuarão funcionando para essa nova variante, essa é a maior preocupação do mundo. A gente vem com elevadas coberturas, com controle das demais variantes e se tiver um escape de reposta imune muito importante, a gente vai ter que revacinar grande parcela da população mundial, essa é a grande preocupação”, explicou.

    Sobre o cancelamento de festas de Réveillon em diversas capitais do Brasil, o pesquisador da Fiocruz afirma ser a decisão correta, considerando o baixo índice de vacinação em alguns estados do país.

    “Eu acho correto porque a gente sequencia muito pouco, a gente não sabe se já temos essa variante no Brasil, se já não tem transmissão comunitária como tem na Europa, então toda prudencia é importante. A cobertura vacinal ainda não é ideal, ainda não chegamos a 80% da população completamente vacinada, a gente tem uma cobertura mais baixa principalmente no Norte e Nordeste; Roraima com menos de 50% e Amapá com menos de 40% de sua população imunizada, então não é o momento de aglomerar com uma nova variante e baixa cobertura vacinação em alguns cidades”, disse.

    *Produzido por Camille Couto e Layane Serrano.

    Tópicos