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    Escolas particulares não exigirão vacinação de crianças, diz federação

    Em entrevista à CNN, Bruno Eizerik, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares, defendeu a vacinação infantil, mas afirmou que decisão final é das famílias

    Elis FrancoVinícius Tadeuda CNN

    São Paulo

    Depois da aprovação da vacinação contra a Covid-19 de crianças de 5 a 11 anos pela Anvisa e da divulgação do planejamento para a distribuição das doses pediátricas pelo Ministério da Saúde, cresce a expectativa pelo início da imunização infantil no país. No entanto, a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) não irá adotar a vacina como um condicionante para a volta às aulas presenciais.

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (11), o presidente da Fenep, Bruno Eizerik, defendeu a vacinação das crianças e afirmou que a Federação orientou os sindicatos associados a incentivarem as famílias a imunizarem seus filhos. Contudo, Eizerik afirmou que “entendemos e respeitamos aquelas famílias que entendem que a vacinação não precisa ser feita”.

    O presidente da Fenep entende que a competência sobre a exigência do comprovante de vacinação cabe aos governos estaduais e municipais. “A Fenep defende a vacinação não só das nossas crianças, mas de todos os adultos e a questão da exigência da vacina vai depender muito mais dos governos estaduais e dos municípios”, disse.

    Eizerik ressaltou que “todos os professores e funcionários já tomaram as duas doses da vacina e o reforço”, e que no ano passado as aulas presenciais foram retomadas sem que os alunos estivessem imunizados contra a Covid-19. O presidente da Federação considera que o mais importante é “que nós não podemos ter nossas escolas fechadas”.

    “Faço um pedido para a população em geral que tomem as doses, que continuem usando a máscara, que evitem aglomeração e usem álcool em gel para que a gente possa, agora em fevereiro e março, ter as aulas presenciais”, afirmou.

    O presidente reforçou que a Federação Nacional das Escolas Particulares entende que as aulas “devem recomeçar de forma presencial com as crianças vacinadas ou não” e que “é importante que as crianças tomem a vacina, mas isso não pode ser visto como condição para a volta às aulas presenciais”.

    Medidas de segurança para o início do ano letivo

    Além da decisão sobre o passaporte da vacina, Eizerik considera que estados e municípios serão os responsáveis por adotar os procedimentos que deverão ser seguidos nas escolas.

    Ele afirmou que distanciamento entre as crianças, medição de temperatura, uso de máscara e de álcool em gel são medidas válidas que serão tomadas pelos respectivos governos estaduais e municipais.

    “Só quem pode exigir um passaporte sanitário são os governos estaduais ou municipais, por parte das escolas privadas nós não temos esse indicativo”, disse.

    De acordo com o presidente da Fenep, o ano letivo irá começar sem que as crianças estejam vacinadas, mas, que gradualmente, essa faixa etária irá se imunizar. “Não é a vacina nas nossas crianças que deixa a escola segura, nós não tivemos em todo o Brasil nenhum foco de Covid nas escolas privadas”, concluiu Eizerik.