Entenda o que é a síndrome de Guillain-Barré
Doença autoimune pode causar fraqueza ou paralisia muscular, e já foi relacionado a vacina contra a gripe
A síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune que causa fraqueza ou paralisia muscular. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, é um distúrbio raro e incomum. Os sintomas podem durar algumas semanas.
Embora a maioria das pessoas tenha uma recuperação completa, algumas podem ter danos a longo prazo no sistema neurológico. Em casos muito raros, pode causar a morte. Já houve registro de casos da síndrome em pessoas que foram vacinadas contra a gripe.
O Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos – órgão semelhante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil – atualizou o rótulo da vacina contra o coronavírus da Janssen, e disse que pode haver um risco maior da síndrome entre as pessoas que foram vacinadas recentemente.
Qual é o tratamento?
Os sintomas podem durar algumas semanas. Embora a maioria das pessoas tenha uma recuperação completa, algumas podem ter danos a longo prazo no sistema neurológico. Em casos muito raros, pode causar a morte.
Quem corre o risco de desenvolver a síndrome?
A síndrome é mais comum entre adultos mais velhos, de acordo com o CDC, mas qualquer pessoa pode desenvolver a doença. “A incidência aumenta com a idade, e pessoas com mais de 50 anos correm o maior risco de desenvolver a síndrome de Guillain-Barré”.
Quais são as causas?
Existem vários fatores que podem causar a síndrome de Guillain-Barré. Cerca de 60% das pessoas que desenvolvem o problema já tiveram diarreia ou doença respiratória causada pela infecção pela bactéria Campylobacter jejuni, afirma o CDC. “As pessoas também podem desenvolver a síndrome após terem gripe ou outras infecções (como o citomegalovírus e o vírus Epstein Barr)”. O vírus Zika é uma das causas, confirmada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Relação com o vírus Zika
O vírus Zika pode ser uma das causas do desenvolvimento da síndrome. O microorganismo se espalhou de forma explosiva nas Américas em 2016, o que preocupou as autoridades de saúde globais. A OMS declarou na época uma emergência de saúde pública, devido à situação causada pelo vírus. A OMS confirmou que o Zika pode causar microcefalia em bebês recém-nascidos e a síndrome de Guillain-Barré em outros pacientes.