Entenda como funciona a pílula antiviral da Pfizer contra Covid-19
No quadro Correspondente Médica, Stephanie Rizk fala sobre o Paxlovid, remédio antiviral da Pfizer para tratar Covid-19
Na edição desta quinta-feira (23) do quadro Correspondente Médica, do Novo Dia, a cardiologista Stephanie Rizk explicou como funciona o antiviral da Pfizer contra a Covid-19.
Na quarta-feira (22), a Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória dos Estados Unidos, autorizou o uso do comprimido Paxlovid, produzido pela farmacêutica Pfizer, para tratar a Covid-19. Até então, apenas remédios injetáveis tinham recebido o aval.
O medicamento será vendido apenas com receita médica e o uso é recomendado apenas para pessoas que tem alto risco de evolução para o caso grave da doença.
O tratamento deve começar cinco dias após o início dos sintomas, o remédio não é indicado para tratamento preventivo ou para pacientes que já estejam internados. A doutora Rizk destaca: “Talvez isso mude após estudos, mas por enquanto não deve ser usado para prevenção da doença.”
A pílula antiviral age de forma a inibir a reprodução do vírus. E o fato do remédio poder ser ingerido oralmente possibilita que o paciente faça o tratamento em casa. “Você não precisa ter o paciente hospitalizado, ele não ocupa um leito de UTI”, Rizk completa.
A eficácia do remédio contra casos graves e hospitalização é de quase 90%. “Nós não tínhamos nada tão expressivo quanto isso até agora”, ela diz. A eficácia demonstrada foi tão significativa que os estudos foram interrompidos antes do previsto para antecipar a aprovação do medicamento.
Podem fazer uso do antiviral pessoas acima de 12 anos e com mais de 40 kg, que testaram positivo para a Covid-19 e estão com sintomas. “Mas nós temos que testar a população. Não adianta nada ter o remédio e não ter o diagnóstico para poder iniciar o tratamento”, a médica completa.
“Ainda não há negociação oficial entre a Pfizer e a Anvisa, então não temos previsão da chegada do remédio aqui no Brasil”, ela diz. Nos EUA, o presidente Joe Biden já adquiriu o medicamento para mais de 10 milhões de pacientes.
A doutora enfatiza: “O remédio não substitui a vacina”. A vacina continua sendo a única forma de prevenir a manifestação da doença, mesmo contraindo o vírus.