Em Manaus, Teich defende expansão de estruturas atuais ao invés de novo hospital
Ministro está na capital do Amazonas, que é o estado com maior proporção de mortos em relação à população, com 141 mortes a cada um milhão de habitantes
O ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou nesta segunda-feira (4) que a prioridade para Manaus neste primeiro momento não é a construção de um novo hospital de campanha, mas sim a expansão de estruturas já existentes.
O ministro está na capital do Amazonas, que é o estado com maior proporção de mortos em relação à população, com 141 mortes a cada um milhão de habitantes. Para Teich, a prioridade deve ser “o que eu consigo utilizar em um curto espaço de tempo”.
“Como a gente tem recursos escassos, a gente tem que entender o que consigo utilizar no espaço curto de tempo. Eu preciso de tudo funcionando ao mesmo tempo para poder cuidar das pessoas. Então eu tenho que ter o respirador, eu tenho que ter as pessoas, tenho que ter outros detalhes de operação. Não posso mandar mais do que eu consigo botar para rodar rapidamente, senão eu tiro de outras partes do país. O mais importante de tudo é o que eu consigo botar para operar agora”, argumentou o ministro.
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Nelson Teich visitou o Hospital Nilton Lins, dedicado ao combate à Covid-19, ao lado do governador do estado, Wilson Lima (PSC). Em entrevista, Lima definiu a visita como uma “janela de esperança”. “Todos sabem a dificuldade que nós temos no sistema público de saúde do Amazonas. Então, com esse aporte que estamos recebendo do governo federal, estamos dando passos significativos do atendimento ao cidadão”.
O ministro anunciou que viajaria ao estado no sábado (2), após se intensificar a cobranças feita pelas autoridades locais de que o governo federal estaria sendo omisso no suporte ao estado, que está em situação de colapso no sistema de saúde. O Ministério da Saúde já havia argumentado, por nota, que considera estar sim prestando apoio. Na visita, o ministro Nelson Teich promoveu a notícia da contratação de 267 profissionais de saúde para que trabalhem no estado.