‘Em locais sem leitos de UTI todas medidas são válidas’, diz presidente da Amib
Presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Suzana Lobo defendeu a adoção de lockdown em regiões com alta taxa de ocupação de leitos de UTI
A presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), Suzana Lobo, afirmou nesta segunda-feira (29), em entrevista à CNN, ser contra a adoção de um lockdown em todo o país, mas defendeu que, em algumas regiões, medidas de distanciamento social mais rígidas sejam utilizadas para tentar frear o avanço da Covid-19 no país.
“Respostas devem ser regionalizadas de acordo com a taxa de ocupação de leitos de UTI. Em momento de colapso crítico, em locais sem leitos de UTI, todas as medidas são válidas”, disse a presidente da Amib.
Em entrevista à CNN, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ser contra o lockdown nacional. Segundo Queiroga, “medidas mais extremas devem ser adotadas de forma localizada”.
“O erro é achar que um lockdown nacional sem que se faça a lição de casa antes seja a solução dos problemas”, afirmou. “O sistema de saúde é tripartite, medidas mais extremas precisam ser tomadas de forma localizada”, disse o ministro.
“Países onde o lockdown funcionou teve medidas restritivas com pena para o não cumprimento das ordens. No curto prazo não temos outra solução”, disse Suzana Lobo.
(Publicado por Daniel Fernandes)