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    É preciso sinal de eficácia para distribuir a vacina, diz pesquisador de Oxford

    Pedro Folegatti, infectologista brasileiro que participa das pesquisas, diz que até o momento não houve mutações significativas que alterem eficácia da vacina

    Layane Serrano, da CNN, em São Paulo

    Com os avanços das pesquisas para a elaboração de uma vacina contra a Covid-19, o mundo começa a se perguntar quando elas ficarão prontas. Para Pedro Folegatti, infectologista brasileiro que participa das pesquisas da vacina contra a Covid-19 na Universidade de Oxford, é impossível saber quando a vacina terá sua eficácia comprovada.

    “A vacina é capaz de produzir resposta do sistema imunológico, mas não sabemos se ela é suficiente para que pessoas não fiquem doentes do novo coronavírus. Isso é o que a fase 3 vai dizer para a gente. Temos sido cautelosos para determinar uma data porque precisamos de um sinal de eficácia primeiro antes de distribuir a vacina para a população, e é impossível de saber quando isso irá ocorrer”, explicou.

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    Apesar de não cravar quando a vacina poderá ficar pronto, Folegatti reiterou as notícias de que as primeiras fases de teste da vacina de Oxford foram satisfatórias e reiterou que os efeitos colaterais ocorridos foram dentro do esperado para vacinas em geral.

    Mutações do vírus

    Questionado sobre se a Covid-19 pode sofrer mutações que podem afetar a eficácia e os estudos para a vacina, Folegatti disse que até o momento não foram encontradas mutações que prejudiquem os estudos, mas que isso é um processo natural do vírus que poderá levar a novas pesquisas no futuro.

    “A evidência que temos até hoje é de que não há mutações significativas que alterem a eficácia da vacina. Essa é uma possibilidade que existe contra qualquer vírus, mas por enquanto não existem evidências de que o vírus acumulou mutações suficientes.”

    (Edição: Bernardo Barbosa)
     

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