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    É preciso estar vivo para ir à balada, diz infectologista sobre restrição em SP

    Marcos Boulos, infectologista e membro do Centro de Contingência do Coronavírus do estado, pediu que jovens respeitem medidas para conter o coronavírus

    Produzido por Vinícius Tadeu e Henrique Melo, da CNN em São Paulo*

    Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (12), Marcos Boulos, infectologista e membro do Centro de Contingência do Coronavírus do estado de São Paulo, defendeu as medidas de restrições para conter o avanço da doença e pediu que as pessoas respeitem as regras, pois “é preciso estar vivo para ir à balada”. 

    “À medida que a vacinação vai sendo implementada, vai começar a reduzir [o número de casos]. No caso específico de São Paulo, com a velocidade que estamos vacinando, provavelmente em maio atingiremos um pico e o número de infecções vai começar a diminuir, já com o impacto da vacinação. E nós só vamos conseguir a imunidade populacional provavelmente em outubro e novembro e, aí sim, não sei se estaremos livres do coronavírus, mas livres dessa restrição enorme que estamos tendo”, explicou.

    Por isso, pediu ele, as pessoas precisam ter paciência. “Não adianta falar ‘eu gosto de ir na balada e fazer festas’. Olha, as baladas vão ter todo tempo no ano que vem e no outro ano. Mas não é possível participar de balada e de festas se você não vai estar vivo para participar no ano que vem”.

    “Fase emergencial”

    Marcos Boulos também afirmou que seria muito melhor se as medidas restritivas anunciadas na quinta-feira (11) pelo governo de São Paulo, e que vão passar a valer a partir da próxima segunda (15), tivessem sido implementadas em fevereiro. “Isso porque a elevação da transmissão é enorme. Essa nova cepa [a brasileira] é mais transmissível do que a cepa original de coronavírus”, disse. 

    Na avaliação do especialista, não existe perspectiva de melhora nos próximos 15 dias. “Em 15 dias não vamos ter avaliação do reflexo do que está sendo colocado hoje. Nós vamos provavelmente saber disso em três a quatro semanas. Por isso, essas medidas não deverão ser interrompidas em 15 dias. Elas deverão durar, pelo menos, um mês para podermos avaliar o reflexo.”

    (*Supervisionado por Elis Franco)