Durante pandemia, vacinação contra gripe ganha importância na Europa e nos EUA
Europeus e norte-americanos buscam elevar a adesão à vacinação para ajudar a aliviar o peso sobre o sistema de saúde durante a crise provocada pela Covid-19
Tomar a vacina da gripe é uma forma segura e barata de se manter saudável. Mas em um ano normal, menos da metade dos norte-americanos se vacinam (apenas 45% o fizeram em 2019).
No Reino Unido, o cenário é parecido, já que somente 44,9% dos pacientes registrados com idade entre 6 meses e 64 anos receberam uma dose da vacina de 2018 a 2019.
Na União Europeia, que se comprometeu em 2009 a vacinar ao menos 75% das pessoas acima de 65 anos, apenas 45% da população desse grupo se vacinou em 2018.
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Os números são ainda mais baixos quando se referem a negros, grupo especialmente vulnerável à pandemia. Além disso, na temporada de gripe de 2017 a 2018, só 28,4% dos hispânicos nos EUA foram vacinados contra a influenza.
Urgência
Com a pandemia da Covid-19 se espalhando rapidamente pelo globo, distribuir a vacina contra a gripe se torna ainda mais urgente, segundo especialistas em medicina.
“Como os hospitais e clínicas médicas vão ficar muito ocupados cuidando de pacientes com Covid-19, uma vacina contra gripe pode ajudar a reduzir o peso no sistema de saúde pública e garantir que aqueles que precisam de tratamento médico possam consegui-lo”, disse a médica Susan Bailey, presidente da Associação Médica Norte-Americana e imunologista na cidade de Fort Worth, Texas.
No entanto, não se trata apenas de liberar recursos para pacientes com Covid-19. “A influenza é uma doença mortífera por si só”, destacou Bailey.
E como os sintomas de gripe, incluindo febre, dor de garganta e tosse, são muito semelhantes aos da Covid-19, é impossível determinar um diagnóstico do novo coronavírus sem a realização de um teste.
(Com informações de Jen Rose Smith, da CNN, em Atlanta)