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    Doses da Coronavac importadas pelo Butantan devem chegar ao Brasil em 2 semanas

    Para que a pesquisa seja concluída, o estudo depende que pessoas que tomaram o placebo (e, portanto, não estão imunizadas) desenvolvam a Covid-19

    Pedro Duran, da CNN, em São Paulo



     

    A primeira grande remessa da Coronavac deve chegar no Brasil em duas semanas, nos primeiros dias de novembro. São 6 milhões de doses prontas pra uso, mas que vão ficar na geladeira — literalmente. É que a vacina ainda não tem comprovação de eficácia no estudo brasileiro e nem registro da Anvisa pra ser usada em larga escala.

    Os testes ainda estão em curso. O estudo divide os pacientes entre os que receberam a Coronavac e outros que receberam um placebo.

    Para que a pesquisa seja concluída, o estudo depende que pessoas que tomaram o placebo (e, portanto, não foram imunizadas pela vacina em teste) desenvolvam a Covid-19.

    Só quando 61 pessoas entre os 9 mil da primeira fase do estudo tiverem a doença que os resultados de eficácia serão informados.

    A previsão de chegada ao país é do presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas. À reportagem da CNN, ele comemorou a decisão da Anvisa de liberar a importação da primeira remessa com 6 milhões de doses da coronavac. “É uma decisão correta, não havia motivo pra não apressar essa decisão”, disse ele.

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    Na opinião de Dimas Covas, essa autorização ainda sinaliza positivamente para um outro pedido do Butantan, o de importar os insumos para fabricar 40 milhões de doses no Brasil. Para eles, essa é a autorização mais importante.

    A distribuição das doses depende da estratégia do Ministério da Saúde, por meio do Plano Nacional de Imunização. O Butantan e o governo de São Paulo ainda acreditam que, assim que a eficácia da coronavac for comprovada, o Ministério assuma o compromisso de distribuir o imunizante.

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