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    Diretor de hospital diz que paciente com COVID-19 melhorou com hidroxicloroquina

    Anvisa, porém, alerta que não existem estudos conclusivos comprovando esta eficácia

    José Brito , Da CNN Brasil, em São Paulo

    O médico Pedro Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Sênior, disse que uma paciente com mais de 60 anos, internada em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, melhorou após tratamento com hidroxicloroquina em combinação com um antibiótico.

    “Foi apresentada uma melhora na quantidade de oxigênio que o organismo consegue absorver. O pulmão pode estar ficando menos inflamado”, disse Batista Jr. em entrevista exclusiva à CNN na tarde desta sexta-feira (20).

    A hidroxicloroquina é um medicamento usado, principalmente, contra malária e doenças autoimunes, como lúpus. Apesar de relatos promissores de seu uso contra o COVID-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda seu uso indiscriminado. O órgão acrescenta que não existem estudos conclusivos comprovando esta eficácia. “[A droga] deve ser indicada pela equipe médica avaliando os riscos para o paciente”, alertou Batista Jr.

    Com foco em tratar idosos, o grupo com maior risco de morte pela doença, a rede de planos de saúde Prevent Senior possui, atualmente, 221 vagas em dois hospitais próprios para pacientes com coronavírus. A UTI da unidade Paraíso possui 30 vagas e trabalha no limite.

    “Nós começamos a preparação para o atendimento do coronavírus já na época do carnaval. Nossa central já foi isolada logo no primeiro momento em que avaliamos que esse vírus estava vindo para o Brasil, e começamos a fazer home office com a equipe de backoffice. Quando teve a primeira notificação, já tínhamos a estrutura montada para que os pacientes fossem totalmente dedicados para uma unidade específica”, disse o médico.

    Há cerca de 15 dias, a rede optou por cancelar todas cirurgias eletivas (não emergenciais) e alguns exames. Os médicos ligaram e orientaram seus pacientes para que eles não se exponham.

    Segundo o médico, um esclarecimento é fundamental: “De todos os primeiros pacientes que avaliamos, infelizmente, a gente teve a informação que não tiveram contato com viajantes ou que soubessem que tinham o vírus. Então, eles adquiriram o vírus comunitariamente, o que acaba sendo bem complexo, porque pessoas que estavam contaminadas passaram para eles”, afirmou.