Diretor da SBIm: Problema da vacina contra Covid-19 é político, não logístico
Segundo Renato Kfouri, é preciso clareza e coordenação para que a vacinação no Brasil saia do papel
Diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, o médico Renato Kfouri afirmou à CNN que o desafio da vacinação para Covid-19 é “mais político do que logístico”. Segundo ele, a imunização dos brasileiros contra a doença, anunciada para este mês ou para o próximo pelo ministro Eduardo Pazuello em entrevista ao âncora da CNN Kenzô Machida, só será feita nas grandes cidades.
“Não é tão simples, mas é possível de fazer. Essa rotina de transporte, manejo da vacina, não é fácil. Mas, se tem um país com experiência de vacinação em massa é o Brasil. Temos os caminhos, sabemos fazer”, avaliou Kfouri.
Leia também:
CNN tem acesso exclusivo ao plano nacional de imunização
Testes da vacina da Pfizer excluíram pessoas com histórico de alergias graves
Canadá aprova uso emergencial da vacina da Pfizer contra Covid-19
Na avaliação dele, é preciso clareza e coordenação para que a vacinação saia do papel. “Quem pode, quem não pode se vacinar, como coordenar. Não podemos ter turismo de vacina no Brasil. Os desafios são muito mais políticos, porque expertise temos”.
O deputado federal Luizinho (PP-RJ), presidente da comissão da Câmara que acompanha a Covid-19 no país, afirmou à CNN que a vacinação usando o imunizante da Pfizer é “possível para os primeiros dias de janeiro de 2021”.
Nesta semana ele ouviu representantes da empresa em audiência pública. “O mais importante é começar a vacinar as pessoas, mesmo que com essa previsão inicial de 2 milhões de doses”, declarou.
Destaques do CNN Brasil Business:
BMW a R$ 24 mil e Pajero a R$ 26 mil: Santander faz leilão de carros na quinta
Ar-condicionado ‘inteligente’ não faz vento e promete gastar 82% menos energia
13º salário: como organizar e até investir parte do dinheiro do benefício
Ele lembra que a vacina da Pfizer ainda não foi aprovada no Brasil, mas uma lei aprovada em maio irá acelerar o processo.
“A partir do momento em que uma das quatro agências equivalentes em seus países à Anvisa aprovarem o imunizante, a nossa agência terá 72 horas para dar a aprovação emergencial”, afirmou.