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    Dieta mediterrânea pode reduzir risco de depressão em mulheres, diz estudo

    Segundo pesquisadores, aquelas que seguiam rigorosamente a dieta eram 60% menos propensas a terem sintomas depressivos

    Mulheres que consumiam mais peixes e seguiam uma dieta mediterrânea apresentaram menor risco de ter depressão, segundo estudo
    Mulheres que consumiam mais peixes e seguiam uma dieta mediterrânea apresentaram menor risco de ter depressão, segundo estudo fcafotodigital/GettyImages

    Gabriela Maraccinida CNN

    A dieta mediterrânea é conhecida pelos seus benefícios para a saúde, como reduzir o colesterol, o risco de demência e de câncer. Recentemente, foi considerada a melhor dieta para ser seguida em 2024, segundo ranking global do US News & World Report. Agora, um novo estudo sugere que esse estilo de alimentação pode reduzir a depressão em mulheres.

    O achado foi publicado na revista científica British Journal of Nutrition em fevereiro e mostrou que mulheres que aderiram a uma dieta parecida ou igual à dieta mediterrânea eram 60% menos propensas a terem depressão. Segundo o estudo, os mesmos efeitos não foram observados nos homens.

     

     

    Para realizar o estudo, os pesquisadores utilizaram dados do Estudo NutBrain, que envolveu 325 homens e 473 mulheres na faixa etária entre 65 e 97 anos. A idade média dos participantes era de 73 anos.

    Cada participante respondeu um questionário com 102 perguntas sobre sua alimentação diária, o que permitiu que os pesquisadores pontuassem as suas dietas de acordo com o quão próximas eram da alimentação mediterrânea. Os participantes, então, foram divididos em três grupos, com base no quão rigorosamente eles seguiam a dieta.

    Além disso, os indivíduos também foram avaliados em relação aos sintomas de depressão usando a Escala de Depressão do Centro de Estudos Epidemiológicos. No geral, 19,8% dos participantes do estudo relataram sintomas depressivos, sendo 27,9% das mulheres e 8,0% dos homens.

    Segundo o estudo, as pessoas do grupo que seguia mais rigorosamente a dieta mediterrânea tiveram 55% menos chance de apresentar sintomas depressivos. As mulheres que faziam parte desse grupo tinham 60% menos probabilidade de relatar sintomas de depressão.

    Além disso, os pesquisadores descobriram que comer mais peixe e ácidos graxos monoinsaturados (encontrados no azeite de oliva, no óleo de canola, na azeitona, no abacate e nas oleaginosas), em comparação com ácidos graxos insaturados (óleo de soja, de milho e de girassol) estava associado a uma maior redução na depressão.

    No grupo que seguia mais rigorosamente a dieta mediterrânea, a redução no risco da depressão foi de 44%, sendo que as mulheres foram as que apresentaram a maior redução: 56%. Segundo o estudo, para cada grama de peixe consumido por dia, houve uma queda de 2% no risco de depressão entre as mulheres.

    Ainda de acordo com os pesquisadores, o consumo de três ou mais porções de peixe fresco reduziam em 62% o risco de depressão. Em comparação com ácidos graxos saturados (presentes no óleo de coco, creme de leite, leite integral, manteiga, queijos, carnes vermelhas e chocolate, entre outros), as mulheres que consumiam mais ácidos graxos monoinsaturados tiveram um risco 42% menor de sintomas depressivos.

    Em homens, o consumo de nozes e frutas reduziu o risco de sintomas depressivos em 82%.