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    Dezembro Laranja: saiba como identificar os possíveis sinais de câncer de pele

    À CNN Rádio, o oncologista especializado em câncer de pele Rodrigo Munhoz afirmou que a chance de cura é alta para a maior parte dos diagnósticos precoces

    Pixabay

    Amanda GarciaGuilherme Gamada CNN

    A campanha Dezembro Laranja incentiva ao longo de todo o mês a conscientização sobre a prevenção ao câncer de pele.

    À CNN Rádio, no Correspondente Médico, o médico oncologista especializado em Câncer de Pele e Sarcoma do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, Rodrigo Munhoz, explicou como identificar casos que merecem a investigação médica.

    Segundo ele, o “ABCDE” demonstra os sinais de alerta que devem ser observados:

    A: Assimetria, quando uma mancha ou pinta tem um lado diferente do outro

    B: Bordas irregulares

    C: Coloração (se é escura ou possui mais de uma tonalidade)

    D: Dimensão (quando há mais de 6 milímetros, merece preocupação)

    E: Evolução ou elevação (manchas que estão crescendo)

    @cnnbrasil

    Você sabe identificar e diferenciar alterações na sua pele? Assista ao vídeo para entender o método “ABCDE das pintas” #CNNBrasil #Saúde

    ♬ som original – cnnbrasil

    Munhoz lembra que há dois grandes grupos de cânceres de pele: melanoma, que costuma ser mais agressivo e representa entre 5 e 10% de casos, e os outros 90%, que são os não-melanomas, com evolução favorável e curáveis “se tratados de forma correta.”

    Ao mesmo tempo, ele afirmou que as chances de cura mesmo do melanoma são “igualmente altas”, desde que haja “diagnóstico precoce.” De acordo com o oncologista, o melanoma costuma evoluir mais rápido e ter mais chance de metástase.

    “Quando diagnosticado precocemente o câncer de pele, além de serem maiores as chances de cura, há menor risco de cicatrizes e outras sequelas que afetam a qualidade de vida do paciente”, explica o médico oncologista João Pedreira Duprat Neto, coordenador da Comissão de Neoplasias da Pele da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e diretor no Centro de Referência em Oncologia Cutânea do A.C.Camargo Cancer Center.

    “A pele é o maior órgão do corpo, qualquer sinal que chame a atenção deve ser avaliado por um dermatologista capacitado”, alertou Rodrigo Munhoz. O especialista reforçou a importância de se usar o protetor solar, especialmente quem tem exposição contínua, e observar as possíveis alterações da pele.

    Com o Sol causa o câncer

    A Radiação ultravioleta (UV) emitida pelo Sol é capaz de danificar o DNA das células da pele. Essas lesões nem sempre são reparadas pelo nosso organismo, o que pode levar a mutações que resultam em neoplasias.

    De acordo com a doutora em biotecnologia pela Universidade de São Paulo (USP), Marcela Teatin Latancia, as moléculas chamadas de “enzimas de síntese de translesão” são como “consertos” celulares, agindo para corrigir mutações. “Mas elas nem sempre conseguem arrumar essas lesões de primeira, porém são importantes para dar uma nova chance às células corrigirem essas lesões antes de morrerem”, afirma.

    Quando há exposição excessiva ao sol, esse sistema de reparo e tolerância de danos no DNA pode ficar sobrecarregado, aumentando o risco de desenvolvimento de câncer de pele.

    *Com produção de Bruna Sales