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    Desmaios costumam ter prenúncio e podem ser evitados com avaliação própria

    Geralmente, casos são acompanhados de sensação de tontura e visão turva, levando à perda da consciência

    Fabrizio Neitzkeda CNN , Em São Paulo

    Na edição desta quarta-feira (5) do quadro Correspondente Médica, do Novo Dia, a cardiologista Stephanie Rizk falou sobre as principais causas dos desmaios, após o apresentador Rafael Silva, da TV Alterosa, em Minas Gerais, sofrer um mal súbito ao vivo durante a apresentação de um telejornal na última segunda-feira (3).

    O jornalista de 36 anos foi socorrido e levado a um hospital para investigar as causas do incidente. Segundo um colega da mesma emissora, Silva está consciente e a suspeita é de que ele sofra de uma doença cardíaca congênita – quando a condição já está na pessoa desde o nascimento –  que teria causado o desmaio.

    Segundo Stephanie Rizk, o desmaio é uma perda abrupta da consciência, fazendo com que a pessoa perca a capacidade de ficar de pé. Na maior parte dos casos, o paciente recupera a consciência dentro de instantes e retorna quase que inteiramente ao normal.

    A médica também explicou que, geralmente, os desmaios possuem um “prenúncio”. Diferente do apresentador, pessoas que têm mal súbito costumam passar por sensações como tontura e notam o ambiente ao redor escurecer lentamente.

    Entre as principais causas do desmaio está a queda da pressão arterial. “Isso pode, às vezes, não ser o indício de uma doença cardíaca. O desmaio não é uma doença, é uma manifestação clínica de alguma coisa que está acontecendo no organismo do paciente”, disse Rizk. Problemas cardíacos, distúrbios do metabolismo – como a anemia e hemorragias – e causas psíquicas também estão associados à origem em diversos casos.

    O uso de medicamentos específicos também podem levar à baixa de pressão e, consequentemente, ao desmaio. “Algumas pessoas têm um pouco mais de sensibilidade e algum familiar geralmente fala no hospital que o remédio deixa a pessoa sonolenta. É muito comum com diuréticos, que leva a pessoa a urinar mais, e faz um quadro transitório de desidratação que pode provocar o apagão”, afirmou.

    Para Rizk, a prevenção está relacionada à avaliação pessoal. “Quando a pessoa consegue perceber esse prenúncio, ela tem que entender que vai desmaiar”, recomendou a especialista.

    Nestes casos, o mais adequado é que o paciente avise as pessoas próximas e sente-se o quanto antes até que o mal-estar passe, evitando uma queda súbita, que pode levar a fraturas e outros ferimentos.

    A cardiologista destacou que em situações em que uma pessoa é testemunha de um caso de desmaio – ou vê indícios de que outra pessoa irá desmaiar – o ideal é buscar levar o nível da cabeça do paciente abaixo do resto do corpo.

    Dependendo do caso, levantar as pernas também está entre as atitudes mais recomendadas, ajudando na circulação sanguínea. “Quando você levanta a perna, o sangue é mobilizado para a parte de cima do corpo; ele vai para o coração e consequentemente para a cabeça. Isso ajuda na recuperação”, concluiu.

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