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    Decisão do STJ sobre planos de saúde prejudica o consumidor e o SUS, diz advogado

    À CNN Rádio, Matheus Falcão avaliou que a decisão dificulta acesso a procedimentos e causa insegurança jurídica

    O STJ entendeu que definiu que as operadoras de planos de saúde não são obrigadas a arcar com tratamentos fora do rol pré-estabelecido
    O STJ entendeu que definiu que as operadoras de planos de saúde não são obrigadas a arcar com tratamentos fora do rol pré-estabelecido Marcello Casal Jr/Agência Brasil

    Amanda Garcia

    A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que muda o entendimento da cobertura obrigatória de procedimentos para os planos de saúde é “ruim”, na avaliação do advogado e pesquisador do programa de Saúde do IDEC, Matheus Falcão.

    O julgamento definiu que as operadoras não são obrigadas a arcar com tratamentos fora do rol pré-estabelecido.

    Segundo o advogado, o entendimento “prejudica consumidores e o sistema público de saúde”, já que “provavelmente o paciente vai ter dificuldade de acessar os tratamentos e possivelmente vai recorrer ao SUS e sobrecarregá-lo ainda mais.”

    “É prejudicial para a sociedade como um todo”, definiu.

    Além disso, a mudança de regras – que já estavam em vigor há quase 20 anos – gera “insegurança jurídica”: “O STJ decidiu exceções, mas é difícil, antes havia entendimento mais pacífico de que o consumidor teria acesso, as coisas ficam mais nebulosas e aumenta a judicialização.”

    O pesquisador destaca que, no entendimento dele, não havia necessidade para essa decisão: “Não vemos motivação econômica, a interpretação estava vigente há quase duas décadas sem grandes problemas para operadores e consumidores, não há motivação social e econômica que a justifique”.

    Matheus Falcão reforçou que não há a menor expectativa de que a decisão do STJ faça com que as mensalidades das operadoras de saúde tenham redução de preço.

    *Com produção de Isabel Campos