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    The Lancet: Vacina de Oxford contra Covid-19 gera resposta imunológica em idosos

    Dados publicados na revista médica mostram boa resposta imunológica em idosos na fase 2; cientistas projetaram resultados da fase 3 em semanas

    Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo

    A vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e pela Universidade de Oxford produziu uma forte resposta imunológica em idosos, mostraram dados do estágio intermediário de testes (fase 2) publicados nesta quinta-feira (19). Os pesquisadores esperam divulgar os resultados do estágio final (fase 3) dos testes até o Natal.

    Os dados, relatados em parte no mês passado, mas publicados na íntegra na revista médica The Lancet nesta quinta-feira, sugerem que pessoas com mais de 70 anos – que tem maior risco de contrair doenças graves e morrer por Covid-19 – podem desenvolver imunidade robusta.

    “As respostas robustas de anticorpos e células T vistas em pessoas mais velhas em nosso estudo são encorajadoras”, disse Maheshi Ramasamy, consultor e co-investigador principal do Oxford Vaccine Group.

    “Esperamos que isso signifique que nossa vacina ajude a proteger algumas das pessoas mais vulneráveis da sociedade, mas mais pesquisas serão necessárias antes de termos certeza.”

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    Além disso, na publicação no periódico científico pesquisadores ligados à vacina contra a Covid-19 disseram esperar ter resultados sobre a fase 3 dos testes “nas próximas semanas”.

    O ensaio de fase 2 relatado no The Lancet envolveu um total de 560 voluntários saudáveis (160 com idades entre 18 e 55 anos, 160 com idades entre 56 e 69 anos e 240 com 70 anos ou mais).

    Os testes em estágio final estão em andamento para confirmar as descobertas. Os primeiros dados de eficácia dos ensaios de fase 3 serão “possíveis nas próximas semanas”, diz o relatório.

    Os voluntários receberam duas doses da vacina ou um placebo, e nenhum efeito colateral sério relacionado à vacina foi relatado, disseram os pesquisadores.

    “As respostas robustas de anticorpos e células T vistas em pessoas mais velhas em nosso estudo são encorajadoras”, disse Maheshi Ramasamy, consultor e co-investigador principal do Oxford Vaccine Group.

    Funcionária da Unifesp em local de teste de vacina contra Covid-19
    Funcionária da Unifesp em local onde potencial vacina contra Covid-19 de Oxford está sendo testada
    Foto: Amanda Perobelli/Reuters (24.jun.2020)

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    “As populações com maior risco de desenvolver Covid-19 séria incluem pessoas com problemas de saúde existentes e adultos mais velhos. Esperamos que isso signifique que nossa vacina ajude a proteger algumas das pessoas mais vulneráveis ??da sociedade, mas mais pesquisas serão necessárias antes de nós pode ter certeza. “

    A vacina candidata Oxford-AstraZeneca contra a Covid-19, chamada AZD1222 ou ChAdOx1 nCoV-19, esteve entre as pioneiras nos esforços globais para desenvolver imunizantes capazes de proteger contra o novo coronavírus.

    O imunizante britânico foi por muito tempo considerado o mais avançado nas pesquisas, mas perdeu o posto recentemente para as farmacêuticas Pfizer Inc/ BioNTech e Moderna Inc, que nos últimos 10 dias divulgaram dados de testes em estágio final que mostram mais de 90% de eficácia.

    Ao contrário das vacinas da Pfizer/BioNTech e Moderna, que usam a nova tecnologia conhecida como RNA mensageiro (mRNA), a injeção experimental da AstraZeneca é uma vacina de vetor viral feita a partir de uma versão enfraquecida de um vírus do resfriado comum encontrado em chimpanzés.

    (Com informações da Reuters)