Crianças vacinadas com Coronavac serão acompanhadas por um ano, diz médica
Cerca de 1.280 crianças e adolescentes participarão de estudo desenvolvido no Espírito Santo para testar eficácia, imunogenicidade e segurança
A médica Valéria Valim, coordenadora de um estudo que irá avaliar a Coronavac em 1.280 crianças e adolescentes no Espírito Santo, afirmou nesta quinta-feira (13), em entrevista à CNN, que elas serão acompanhadas durante um ano para verificação da produção de anticorpos e células de defesa contra o coronavírus.
“Esse é um estudo que tem o objetivo de comparar a Coronavac com a vacina da Pfizer em crianças de 3 a 17 anos e nós vamos avaliar tanto a eficácia, quanto a imunogenicidade, capacidade de as duas vacinas produzirem anticorpos nas células de defesa, e também comparar a segurança dos dois imunizantes”, explicou Valéria sobre os testes que começam nesta sexta-feira (14).
Até o momento, apenas o imunizante da Pfizer tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em crianças e adolescentes no país.
“As crianças serão acompanhadas pelo período de um ano. Ao longo desse ano, nós vamos avaliar com testes de imunidade celular e pulmonar durante quatro momentos diferentes. É provável que em quatro meses já tenhamos os resultados em relação aos desfechos principais”, continuou.
A Anvisa pretende divulgar uma decisão sobre o uso de Coronavac nessa faixa etária entre quarta e sexta-feira (21) da próxima semana, segundo informações da analista de política da CNN Renata Agostini.
São aguardados mais dados sobre a eficácia da vacina, já que ela é comprovadamente segura. Uma reunião entre Anvisa, Instituto Butantan e outros especialistas aconteceu nesta quinta-feira para analisar dados do imunizante em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. O prazo para fornecimento das informações finais é até a próxima terça-feira (18).
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