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    Crianças e adolescentes podem treinar? Veja dicas e exemplos de exercícios

    Dar foco a atividades físicas pode ser extremamente benéfico para os pequenos; saiba mais

    Entenda como deve funcionar exercícios físicos em crianças
    Entenda como deve funcionar exercícios físicos em crianças Humphrey Muleba

    Nicoly Bastosda CNN

    Na educação física da escola, no futebol, na aula de dança ou simplesmente brincando de pega-pega. Crianças se exercitam a todo momento, sem os pais e responsáveis ao menos perceberem o quando elas estão trabalhando o corpo.

    As brincadeiras e atividades do cotidiano, no entanto, podem e devem dar lugar a outros tipos de treino. Pode parecer que um exercício físico para os pequenos é exagero e inadequado, mas, segundo Eduardo Netto, educador físico e diretor técnico da Bodytech Company, não só pode acontecer, como também é extremamente benéfico para a saúde das crianças. 

    Crianças podem fazer exercícios físicos?

    De acordo com Eduardo, os benefícios de praticar exercícios desde cedo são enormes para o desenvolvimento motor, redução de doenças, fortalecimento muscular, controle de peso, melhora da postura, entre outros.

    Porém, ele explica que há atividades apropriadas de acordo com a faixa etária. Crianças pequenas e em idade pré-escolar (aproximadamente de 3 a 5 anos), por exemplo, devem ser fisicamente ativas durante o dia com atividades adequadas para o seu desenvolvimento, podem correr, dançar e participar de jogos que promovam o movimento.

    Em conjunto com recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde), Eduardo explica como deve ser a frequência dos exercícios físicos nas pessoas mais jovens:

    Crianças de 3 a 5 anos:

    • Ser fisicamente ativas durante o dia para promover o crescimento e o desenvolvimento;
    • Incentivar brincadeiras e atividades que envolvam movimento.

    Crianças e adolescentes de 6 a 17 anos:

    • Fazer pelo menos 60 minutos diários de atividade física de moderada a vigorosa;
    • Incluir atividades aeróbicas, como correr, nadar ou andar de bicicleta;
    • Realizar atividades de fortalecimento muscular e ósseo, como escalar, fazer flexões, saltar ou correr, pelo menos três dias por semana.

    A partir dos 6 até os 12 anos já é recomendado fazer até 60 minutos de atividade física moderada por dia, como: futebol, basquete, ginástica, natação, entre outros exercícios que fortaleçam os músculos e os ossos. Já os adolescentes e jovens, de 13 anos em diante, podem fazer tudo, inclusive treinamento de força e exercícios de resistência, sempre com orientação adequada de profissional para evitar lesões.

    “Os pais podem e devem incentivar um estilo de vida ativo e saudável para as crianças e jovens, desde que não forcem a barra e ofereçam opções de atividades variadas e divertidas, praticada de forma segura e adequada à idade. Ele ainda ressalta que a atividade física é extremamente importante para esses jovens, mas que deve ser feita de forma segura, com acompanhamento profissional, nutricional e de forma prazerosa, respeitando os limites e necessidades dos jovens.

    Nutrição adequada

    É fundamental destacar que a nutrição adequada é um fator primordial nos exercícios físicos dos jovens. As vantagens da atividade física podem ser maximizadas quando combinado com uma dieta balanceada, diz o educador físico. “Boa alimentação, hidratação, descanso e supervisão adequada garantem bons resultados e segurança durante o exercício ou esportes, principalmente para crianças e adolescentes”, acrescenta.

    A importância da participação dos pais na promoção de um estilo de vida ativo e saudável para as crianças é essencial. “É importante lembrar que os filhos se espelham nos pais. Se os adultos da família se alimentam bem e são ativos, inclusive nos momentos de lazer, as chances de as crianças adotarem esses comportamentos são maiores”, orienta ele.

    O que não pode ser feito em treino de crianças

    Riscos como pressão psicológica e lesões físicas com os treinamentos intensos podem ocasionar lesões graves, depressão, fadiga, dificuldade para dormir, mudanças de humor, entre outros, revela o educador físico Eduardo Netto.

    Por conta disso, é necessário se atentar, também, no que não se deve fazer com os pequenos.

    Desconsiderar a Maturação Física

    Segundo Eduardo, crianças variam em capacidades e limitações físicas de acordo com suas fases de desenvolvimento. “Prescrever exercícios sem se ajustar à idade biológica e ao nível de desenvolvimento pode resultar em lesões e problemas de saúde.”

    Desconsiderar a maturação psicológica

    Ao prescrever exercícios para crianças, é essencial considerar a maturação psicológica além da idade cronológica. “Isso ajuda a garantir a segurança, aumentar o engajamento, apoiar o desenvolvimento social e emocional, e evitar estresse e ansiedade. Adaptar atividades ao nível psicológico de cada criança maximiza a eficácia do programa de exercícios e promove uma experiência positiva e apropriada ao seu desenvolvimento”, explica o profissional.

    Não se atentar à diversificação

    Concentrar-se exclusivamente em uma modalidade de exercício pode ser monótono e levar a um desenvolvimento físico desequilibrado em crianças. “É crucial diversificar as atividades para desenvolver rapidamente as habilidades motoras, a força, a flexibilidade e a resistência cardiovascular”, ressalta Eduardo.

    Orientação inadequada

    A supervisão inadequada durante a prática de exercícios pode levar a uma execução imprópria e a riscos de lesões.

    “É crucial que os exercícios sejam supervisionados por profissionais de educação física capacitados para que possam garantir a execução correta e a segurança. Sendo de extrema importância a realização de uma avaliação médica antes de iniciar um programa de exercícios pode ignorar possíveis condições de saúde que requerem atenção especial na prescrição de atividades físicas.”

    De acordo com o profissional, os programas de exercícios para crianças devem ter como objetivo principal a “promoção de um estilo de vida saudável, divertido e seguro”.