Cresce circulação de sub linhagens da Ômicron na África do Sul, diz professora
Parcela crescente dos casos de Covid-19 no país estão associados às sub linhagens BA.4 e BA.5 da variante Ômicron do novo coronavírus, diz a professora Helen Rees
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A professora Helen Rees, da África do Sul, afirmou, nesta quinta-feira (28), que uma parcela crescente dos casos de Covid-19 no país estão associados às sub linhagens BA.4 e BA.5 da variante Ômicron do novo coronavírus.
Segundo Helen, os achados sugerem que as cepas possam ter uma vantagem de disseminação sobre as outras.
Em uma entrevista à imprensa da Organização Mundial da Saúde (OMS), a especialista acrescentou que, apesar do aumento das infecções por Covid-19, a África do Sul não apresenta um grande aumento na mortalidade ou internações em unidades de terapia intensiva (UTIs) até o momento.
Monitoramento de variantes
A variante Ômicron do novo coronavírus continua sendo a linhagem predominante em circulação no mundo. Entre as 257.337 sequências disponibilizadas no banco de dados internacional Gisaid, a partir de amostras coletadas nos últimos 30 dias, 256.684 (99,7%) eram Ômicron, 47 (<0,1%) eram Delta e 555 (0,2%) sequências não foram atribuídas a uma linhagem.
A OMS pondera que embora a diminuição nas sequências seja consistente com a tendência geral de diminuição em novos casos, os índices também podem refletir mudanças nas políticas de vigilância epidemiológica em alguns países.
Diante das mudanças nas estratégias de amostragem e sequenciamento, a OMS recomenda a manutenção da vigilância genômica do vírus pelos países.
Desde o surgimento da Ômicron em novembro de 2021, o vírus continuou a evoluir, dando origem a muitas linhagens descendentes e recombinantes. A OMS afirmou que monitora continuamente as diferentes linhagens e que a diversificação genética da Ômicron indica uma pressão do vírus pela adaptação aos hospedeiros humanos.
De acordo com a OMS, cada linhagem possui mutações adicionais ou diferentes. No entanto, os impactos de cada mutação ou constelação de mutações não são bem conhecidos atualmente pela comunidade científica, o que requer o monitorando de quaisquer alterações associadas na epidemiologia da doença.
(Com informações de Lucas Rocha, da CNN)