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    Pior já passou, mas Covid-19 ainda vai custar muitas vidas, diz pesquisador

    De acordo com o infectologista, uma tendência de queda 'possivelmente vai ser observada nas próximas semanas', mas a pandemia 'ainda vai custar muitas vidas'

    No dia em que o Brasil completa seis meses do primeiro caso confirmado de Covid-19, o infectologista Júlio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), afirmou à CNN, nesta quarta-feira (26), que o país saiu do platô no número de mortes e que já passou pelo pior momento da pandemia.

    “Acredito que a gente já passou pelo pior momento da pandemia. Depois de mais de 90 dias em torno de mil mortes diárias, temos a média móvel de mortos e casos mostrando uma queda, então a gente sai desse platô”, afirmou ele.

    De acordo com o infectologista, uma tendência de queda “possivelmente vai ser observada nas próximas semanas”, mas a pandemia “ainda vai custar muitas vidas”. “Ainda teremos muitos que adoecerão pela Covid-19”, acrescentou.

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    O infectologista Júlio Croda, pesquisador da Fiocruz, fala à CNN
    O infectologista Júlio Croda, pesquisador da Fiocruz, fala à CNN e faz balanço dos seis meses da pandemia da Covid-19 no Brasil
    Foto: CNN (26.ago.2020)

    Apesar da tendência de queda no número de vítimas da Covid-19 no país, Croda frisou que é difícil traçar uma expectativa sobre o momento em que a população poderá voltar à vida normal, abandonando as máscaras e o distanciamento social. 

    “A vida normal, como vivíamos no passado, só após a vacina, então só a partir de 2021. Tem gente que estima que seja só a partir do segundo semestre, porque o primeiro será dedicado à produção, distribuição e vacinação de grupos de risco”, estimou. “Teremos que viver um bom tempo com as medidas preventivas”.

    Para o pesquisador, principal erro do Brasil no combate à pandemia ocorreu na comunicação sobre a doença. “A gente teve muita dificuldade de passar para a população as medidas de distanciamento, que eram superimportantes no início, principalmente para evitar esse número de mortes ao qual chegamos hoje e as 3,6 milhões de pessoas infectadas”, defendeu.

    Nessa terça-feira (25), no último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde antes da data em que o primeiro caso completou seis meses, o Brasil totalizou 3.669.995 casos confirmados e 116.580 mortes.

    Hoje, o Brasil superou os Estados Unidos em número de mortes causadas pelo novo coronavírus a cada 100 mil habitantes, segundo a Universidade Johns Hopkins.

    De acordo com dados atualizados pela universidade norte americana nesta quarta-feira (26), o Brasil está, atualmente, com 55,65 mortes por 100 mil habitantes ante 54,55 dos EUA.

    Cronologia de casos confirmados no Brasil mês a mês

    26/02 – 1º caso

    26/03 – 2.915 casos 

    26/04 – 61.888 casos

    26/05 – 391.222 casos

    26/06 – 1.274.974 casos 

    26/07 – 2.419.091 casos 

    25/08 – 3.669.995 casos (até o último balanço disponibilizado pelo Ministério da Saúde)

    (Edição: Sinara Peixoto)