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    Covid-19: Vacinação na África pode começar somente em meados de 2021

    Diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África diz que o continente teme não ter acesso a vacinas em tempo hábil

    A vacinação contra a Covid-19 pode não começar na África até meados de 2021, disse o chefe do grupo de controle da doença no continente nessa quinta-feira (26).

    “Estamos muito preocupados, como continente, em não ter acesso a vacinas em tempo hábil”, afirmou o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África, John Nkengasong, em uma entrevista coletiva. “Eu já vi [no passado] como a África é negligenciada quando medicamentos se tornam disponíveis”, declarou.

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    Nkengasong disse ainda que o objetivo é vacinar 60% da população do continente para atingir a chamada imunidade de rebanho.

    Pedido por união

    A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou em um comunicado nessa quinta que a última análise do grupo descobriu que a África não está pronta para o que será o maior esforço de imunização de todos os tempos no continente.

    De acordo com a OMS, apenas 24% dos países pesquisados têm recursos adequados e planos de financiamento. Além disso, somente cerca de metade “identificou as populações prioritárias para vacinação e tem planos para alcançá-las”.

    “Planejamento e preparação contribuirão ou acabarão com esse esforço sem precedentes, e precisamos de uma liderança ativa e compromisso dos mais altos níveis de governo com planos e sistemas de coordenação nacional sólidos e compreensivos”, afirmou Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para a África, em um comunicado.

    Esforço para vacinação custará bilhões

    A OMS estima que o custo de lançar uma vacina contra a Covid-19 no continente africano será de cerca de US$ 5,7 bilhões. 

    O valor não inclui custos adicionais, de mais de 20%, para os materiais necessários à aplicação e a distribuição das vacinas, que exigem profissionais de saúde treinados, cadeia de suprimentos e logística, e mobilização da comunidade.

    (Com informações de Bethlehem Feleke, na CNN, em Nairóbi, e Brent Swails, da CNN, em Joanesburgo)

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