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    Covid-19: Temos uma quantidade subestimada de casos em crianças, diz imunologista

    Em entrevista à CNN, a imunologista Cristina Bonorino reforçou a necessidade de vacinação das crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19

    Lucas RochaLudmila Candalda CNN São Paulo

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta semana, o uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade no Brasil. O início da vacinação das crianças nesta faixa etária depende do calendário e logística do Ministério da Saúde.

    Em reunião na última sexta-feira (17), a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI Covid-19) demonstrou apoio unânime dos presentes à vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra o coronavírus, com o imunizante da Pfizer, em alinhamento à decisão da Anvisa sobre o assunto.

    De acordo com o Ministério da Saúde, na próxima quarta-feira (22), será aberta uma consulta pública, que ficará disponível até 2 de janeiro de 2022. Com o encerramento da consulta, as contribuições apresentadas serão alvo de uma audiência pública no dia 4 de janeiro e, no dia seguinte, o ministério anunciará a decisão.

    Em entrevista à CNN neste domingo (19), a pesquisadora Cristina Bonorino, integrante do Comitê Científico da Sociedade Brasileira de Imunologia, reforçou a necessidade de vacinação das crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 e afirmou que o número de casos da doença em crianças pode ser ainda maior do que mostram as estatísticas dos países.

    “As crianças estão se infectando muito mais do que os adultos hoje em dia. No Brasil e no mundo inteiro se testa pouco as crianças, que são normalmente assintomáticas ou têm sintomas leves. Temos uma quantidade subestimada de casos em crianças”, disse.

    Vacina apresenta segurança e eficácia comprovadas

    A especialista avalia como acertada a decisão da Anvisa pela aprovação do uso do imunizante da Pfizer entre crianças de 5 a 11 anos, que conta com formulação e dosagem diferentes da vacina aplicada em adolescentes e adultos.

    “Os representantes de várias sociedades científicas trabalharam junto com a câmara técnica da Anvisa para chegar nesta decisão de aprovar a vacina da Pfizer. Nós analisamos amplamente o material, tanto os pareceres da FDA [Food and Drug Administration, dos Estados Unidos] como os pareceres das agências europeias”, explica.

    Segundo a imunologista, a vacina apresenta segurança e eficácia comprovadas na indução da resposta imunológica nesta faixa etária. “Essa é uma vacina de alta eficácia, um desempenho muito bom e praticamente nenhum efeito adverso, dor no braço é o efeito mais comum”, disse Cristina.