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    Covid-19 se espalha rapidamente em fazendas de visons, mostra estudo dinamarquês

    Estudo dinamarquês concluiu que novo coronavírus se espalha rapidamente entre visons, criados comumente em fazendas na Dinamarca para extração de pele

    Por Maggie Fox, da CNN

    O novo coronavírus parece ter sido introduzido nas fazendas de visons dinamarquesas por uma única pessoa infectada, mas uma vez que atingiu os animais densamente agrupados, se espalhou rapidamente, relataram pesquisadores dinamarqueses na quarta-feira (18).

    O vírus não deixa os animais muito doentes, mas pode circular bem entre eles e eles podem então passá-lo de volta para as pessoas, disseram os pesquisadores.

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    “Uma alta proporção de visons em fazendas pode ser infectada com SARS-CoV-2 em poucos dias, o que pode causar grande exposição ao vírus para pessoas que trabalham com visons”, escreveu Anne Sofie Hammer, patologista veterinária da Universidade de Copenhagen, ao lado de colegas na revista Emerging Infectious Diseases.

    A equipe de Hammer testou visons e pessoas em três fazendas dinamarquesas, bem como o ar ao redor das gaiolas dos animais e alimentos. Eles descobriram que uma fazenda tinha 95% de animais infectados, enquanto em outra a taxa era de 66% e, em uma terceira, a incidência era de 3%.

    “As infecções que descrevemos aqui ocorreram com pouca doença clínica ou aumento de mortalidade, tornando difícil detectar a propagação da infecção; assim, as fazendas de visons podem representar um reservatório animal sério e não reconhecido para o SARS-CoV-2 ”, escreveram.

    “Não há evidências de propagação do vírus fora dos edifícios agrícolas, seja na Dinamarca ou na Holanda, exceto por pessoas infectadas. No entanto, parece haver algum risco de transmissão do vírus para pessoas que trabalham com visons infectados, bem como para seus contatos e, portanto, indiretamente, para o público”.

    Surtos de coronavírus em fazendas de visons causaram alvoroço na Dinamarca, onde criar animais para obter suas peles é um grande negócio.

    O governo chegou a ordenar o abate de todos visons em 1.500 fazendas (o que poderia chegar a até 17 milhões de animais), mas depois revogou a ordem.

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