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    Pesquisa indica que idosos podem ser assintomáticos para o coronavírus

    Instituto Butantan estudou casos de coronavírus em 209 pessoas em asilos de São Paulo

    Um estudo coordenado pelo Instituto Butantan analisou 209 testes sorológigos de grupos de risco para Covid-19. Os resultados indicam que a população acima de 60 anos pode ser assintomática e que as condições de saúde, bem como a estrutura do local onde vivem, têm forte influencia sobre a gravidade da infecção. A pesquisa foi realizada em asilos do interior de São Paulo.

    À CNN, Alexander Precioso, diretor do Centro de Farmacovigilância, Segurança Clínica e Gestão de Risco do Instituto Butantan comentou os resultados do estudo. De acordo com ele, na população idosa, “a presença de sintomas não deveria ser considerado o único fator para definir sobre as testagens”.

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    Covid-19: Pesquisa indica que idosos podem ser assintomáticos

    Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

    “Os idosos conferem um grupo de risco bastante importante para adquirir a doença. Portanto, políticas específicas de testagem devem ser implementadas, particularmente em relação aqueles que vivem em asilos”, disse.

    E acrescentou: “A maior parte dos idosos que nós testamos não tinha nenhum sintoma que dava algum sinal da infecção pela Covid-19. Isso chamou a nossa atenção e também foi um achado importante para dizer que esperar a presença de sintoma para identificar a Covid-19, talvez não seja um dos melhores indicativos para estabelecer um programa de testagem”.

    O especialista reforçou a importância de se analisar o ambiente o qual o idoso está inserido e como aquele local pode influenciar na gravidade da infecção pelo vírus.

    “Nosso estudo também mostrou a importância de, na hora de proceder com a testagem destes idosos, levar em consideração as características dos locais aonde eles se encontram como residentes. Também é importante saber se eles tiveram contato com alguém que estava com o vírus”, afirmou.

    “O mais importante ainda é este conhecimento que já temos. Qualquer pessoa com doença de base, a chance dela ter a doença mais grave, é maior e em particular entre os idosos. Além de atualmente terem doenças de base, a própria faixa etária faz com que eles tenham um sistema imunológico com determinadas características que também os colocam em risco para o desenvolvimento da doença”, avaliou.

    Questionado quanto à necessidade da vacina, Alexander acredita que o grupo será um dos primeiros a receberem as doses.  

    “Nós acreditamos que no primeiro momento, as pessoas que serão vacinadas serão aquelas que têm o maior risco de desenvolver doenças graves e os idosos entram nesta categoria. Independente dos sintomas, a população idosa deve ser priorizada”, finalizou.

    (Edição: André Rigue)