Covid-19: EUA autorizam tratamento combinado de anticorpos da Eli Lilly
Combinação de anticorpos monoclonais é tratamento em análise contra o novo coronavírus
A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora do governo americano, concedeu permissão de uso emergencial para uma nova versão do tratamento contra a Covid-19 da farmacêutica Eli Lilly e Co, que adiciona um segundo anticorpo monoclonal a um já autorizado.
O novo tratamento adiciona o anticorpo etesevimab ou LY-CoV016 ao já autorizado bamlanivimab ou LY-CoV555 para fazer uma versão de anticorpo duplo – que pode ser mais protetora, diz a empresa.
A Regeneron, companhia concorrente da Eli Lilly e Co, já tem um coquetel do tipo no mercado.
Os monoclonais são versões projetadas em laboratório dos anticorpos de humanos escolhidos por sua capacidade específica de neutralizar, neste caso, o novo coronavírus.
“Bamlanivimab e etesevimab, administrados juntos, estão autorizados para uso de emergência para o tratamento da Covid-19 leve a moderada em adultos e pacientes pediátricos (12 anos de idade ou mais pesando pelo menos 40 kg) com resultados positivos de SARS-CoV- direto 2 testes virais, e que estão em alto risco de progredir para COVID-19 grave e/ ou hospitalização ”, disse o FDA em um comunicado.
Alguns experimentos indicaram que variantes do coronavírus que desenvolveram mutações podem evitar os efeitos do anticorpo monoclonal administrado de forma única, o que abriu a necessidade de combinações.
“Baseada em dados de Fase 3, anunciados em 26 de janeiro de 2021, constatamos que bamlanivimabe e etesevimabe juntos reduziram o risco de hospitalizações por Covid-19 e morte em 70%. Esses dados replicam resultados anteriores, publicada em The Journal of the American Medical Association, em um grupo muito maior de pacientes”, disse a Lilly em um comunicado.
“Além disso, os resultados observados com bamlanivimabe e etesevimabe juntos são consistentes com a redução do risco de hospitalização ou visitas ao pronto-socorro observadas apenas com bamlanivimabe. O evento adverso mais comum relatado com mais frequência para pacientes que receberam bamlanivimabe e etesevimabe juntos versus placebo foi náusea no dia da infusão”.