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    Covid-19 em academias: estudo sul-coreano rastreia 112 casos em aulas de dança

    Pesquisadores identificaram taxa menor de contaminações por coronavírus em aulas de ioga e pilates, mesmo com instrutores infectados

    Arman Azad, , da CNN

    Aulas de dança fitness em ambientes fechados podem fornecer um rápido caminho para a disseminação do coronavírus, relatam pesquisadores da Coreia do Sul.

    Eles descobriram evidências de que aulas de dança em 12 academias na Coreia do Sul estão relacionadas a ao menos 112 contaminações com Covid-19.

    As infecções não são recentes – as aulas foram realizadas em fevereiro e os casos foram identificados até 9 de março -, mas a nova pesquisa oferece informações sobre a rapidez com que o coronavírus pode se espalhar em espaços fechados.

    Quase 30 instrutores participaram das aulas, realizadas em Cheonan, na Coreia do Sul. Eles treinaram intensamente por quatro horas e, embora nenhum apresentasse sintomas na época, oito deles acabaram testando positivo para o vírus.

    “Todos eram assintomáticos no dia da aula”, escreveu a equipe do Hospital Universitário Dankook na revista Emerging Infectious Diseases.

    “Até 9 de março, identificamos 112 casos de Covid-19 associados a aulas de dança em 12 instalações esportivas diferentes em Cheonan”, eles escreveram.

    Metade dos casos foi resultado da transmissão direta de instrutores para alunos, e algumas pessoas infectaram outras fora da sala de aula.

    “Os instrutores e os alunos se reuniram apenas durante as aulas, que duravam 50 minutos duas vezes por semana e não tinham contato fora da sala. Em média, os alunos desenvolveram sintomas de 3 a 5 dias após participar de uma aula de dança física”, escreveu a equipe de Dankook. .

    “Antes do fechamento das instalações esportivas, um total de 217 estudantes foram expostos em 12 instalações”, acrescentaram.

    “As aulas de dança com ritmos latinos ganharam popularidade na Coreia do Sul por causa da alta intensidade aeróbica”. A equipe se referiu especialmente às aulas de Zumba.

    Vários fatores podem ter facilitado a propagação do vírus, segundo Sukbin Jang, de Dankook, e colegas.

    “A atmosfera úmida e quente em uma instalação esportiva, juntamente com o fluxo de ar turbulento gerado pelo exercício físico intenso, pode causar uma transmissão mais densa de gotículas isoladas”, eles escreveram.

    As turmas ligadas à transmissão tiveram de cinco a 22 alunos e ocorreram em pequenos espaços por quase uma hora. Não foram observados casos em turmas com menos de cinco participantes.

    Um dos instrutores, no entanto, ensinou pilates e ioga – e nenhum de seus alunos contraiu o vírus. “Nossa hipótese é que a menor intensidade de pilates e ioga não causou os mesmos efeitos de transmissão que os das aulas de dança fitness mais intensas”, disseram os pesquisadores.

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