Correspondente Médico: Saiba como funciona o cérebro de um gênio
Neurocirurgião Fernando Gomes explicou o que pode ter de diferente no cérebro do brasileiro de apenas 8 anos que entrou para grupo internacional de alto QI
Na edição desta sexta-feira (5) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou como funciona o cérebro de gênios — pessoas com inteligência acima do padrão.
É o caso do Gustavo Saldanha, de 8 anos, um pequeno brasileiro que entrou para o Mensa International, grupo de pessoas com alto QI, e conhecido popularmente como um “clube para gênios”.
Fisicamente, Gomes afirmou que cérebros de pessoas com alto QI (quociente de inteligência) não diferem daqueles com QI considerado dentro da média.
“Muitas vezes as conexões podem ser mais eficientes e, sobretudo, o trabalho do neurônios específicos para entregar uma tarefa acaba sendo muito mais rápido, mas os pesos são iguais de ambos, por exemplo”, explicou. “Porém, sabemos que existe sim uma diferença principalmente funcional.”
Segundo o médico, as principais características diferenciadas de pessoas com alto QI estão nas conexões subcorticais. “São os axiomas que fazem a comunicação de diferentes partes do encéfalo, que acabam sendo privilegiadas, e podem oferecer para o indivíduo uma capacidade mental acima da média — é quando se tem um ‘alto QI'”, disse.
“O QI, quociente de inteligência, é obtido a partir de diversos testes aplicados pela neuropsicologia, no qual se tem um gabarito do que espera que a pessoa daquela idade venha a responder. Baseado nisso, se compara e vê que aquela pessoa pontua muito mais naqueles testes do que outra pessoa [da mesma faixa etária]”, continuou Gomes.
“Ou seja, espera-se que uma criança de 8 anos tenha tal padrão de resposta, mas se ele responde mais rápido e com uma taxa de acerto muito maior, por essa comparação do exame prático, se consegue aferir esse número, que, via de regra, vem associado com alta habilidade”, explicou Fernando Gomes.
(Publicado por: André Rigue)