Correspondente Médico: Por que o desconhecido desperta a curiosidade?
Neurocirurgião Fernando Gomes comenta sobre o interesse do ser humano em saber se existe vida fora da Terra
Uma pesquisa feita em colaboração internacional por cientistas dos Estados Unidos, Reino Unido e Japão encontrou indícios de que exista vida em Vênus. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (14) pela Sociedade Astronômica de Londres.
Na edição desta terça-feira (15) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou por que seres humanos têm tanta curiosidade em saber se há vida em outros planetas.
“Esta situação é incrível porque nós, seres humanos, sabemos que nossa vida é finita e durante todo este tempo que a humanidade foi evoluindo, temos diversas informações sobre o universo. E esta é uma dúvida que todo mundo queria sanar, mas é possível que tenha vida, sim porque temos um universo enorme”, afirma.
“Quando a gente sabe que o planeta mais próximo de nós têm indícios de vida, isso mexe com o nosso coração e mente porque a curiosidade fica muito presente”, explicou o médico, que ainda avaliou biologicamente como uma informação pode aguçar a curiosidade humana.
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“Na parte anterior do nosso cérebro, principalmente nos lobos frontais, a gente pega informações que escutamos desde a infância sobre o assunto. Portanto, a curiosidade fica trabalhando a todo vapor, captando informações do passado e juntando com possibilidades futuras”, disse.
De acordo com o médico, em situações curiosas, o cérebro ativa a inteligência existencial. “Este tipo de inteligência gerencia essa existência da vida depois da morte e da vida além da terra. Todas estas questões que mexem tanto com o ser humano”, afirma
Por outro lado, o neurocientista também alerta que situações como esta podem gerar pânico e medo em pessoas que não se simpatizam com o tema. “Este assunto também pode gerar medo por ser um assunto que a gente ainda não conhece”, avalia.
“A partir do momento que o conhecimento existe, não tem jeito. É natural que você tenha esta curiosidade, mas também é compreensível a existência do medo nestas situações (…) Precisamos ter a mente aberta porque talvez, a própria manifestação da vida pode ser uma coisa diferente, como uma célula, por exemplo”, conclui ele.
(Edição: André Rigue)