Correspondente Médico: Perseguição na internet é crime e pode apontar obsessão
Neurocirurgião Fernando Gomes explica no quadro Correspondente Médico que o cyberstalking é uma ameaça à integridade física e psicológica de muitas pessoas
Durante a pandemia de Covid-19 houve um grande aumento nas denúncias de cyberstalking, a perseguição pela internet. A informação é da Safernet, uma Organização Não Governamental (ONG) que acompanha casos de violência em ambientes digitais.
O Senado aprovou recentemente o projeto de lei que considera crime o stalking. O texto ainda precisa ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Na edição desta quarta-feira (17) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes afirmou que a perseguição na internet ameaça a integridade física e psicológica de muitas pessoas. Além disso, ele explicou que a pessoa que persegue pode ter um transtorno obsessivo.
“Esse é um comportamento que chama a atenção e é mais comum do que a gente imagina. Pode existir uma manifestação clínica, que é essa obsessão em que a pessoa tem prejuízo no seu dia a dia”, disse Gomes.
“Ou seja, ao invés de o indivíduo fazer coisas que são produtivas e saudáveis, ele passa grande parte do dia fazendo isso [perseguindo] e provoca um dolo e mal-estar na vítima. Além de crime, portanto, acaba sendo considerado um problema que precisa ser diagnosticado.”