Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Correspondente Médico: O que é a síndrome do impostor?

    Neurocirurgião Fernando Gomes explica como isso afeta a autoestima e pode se relacionar com uma crise de identidade

    Na edição desta segunda-feira (17) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes abordou a síndrome do impostor e como isso se relaciona com a autoestima.

    “Diferente dos outros animais, o ser humano tem a consciência de que pode interferir no meio ambiente e ter resultados diferentes, então quando alinhamos pensamentos e estabelecemos metas, a gente começa a ter resultado na vida”, inicia ele.

    Diante disso, o neurocirurgião aponta que a pessoa “pode se perder, do ponto de vista psicológico, nessa realidade de planejar, executar e colher os resultados”, principalmente quando são apaixonadas pelo trabalho ou pela carreira.

    No impacto para a saúde mental, há dois caminhos possíveis: a síndrome de burnout, que é sobre o esgotamento profissional, e a síndrome do impostor, em que a “pessoa consegue a meta estipulada, mas se coloca em xeque mesmo assim”. “Elas não se acham tão merecedoras do ponto de destaque que atingiram”, acrescenta ele.

    Leia e assista também:
    Correspondente Médico: Como a ansiedade pode influenciar na alimentação?
    Correspondente Médico: O que é síndrome de burnout e quais os sintomas?
    Correspondente Médico: Como lidar com a ansiedade na pandemia?

    Correspondente Médico: o que é a síndrome do impostor?
    Correspondente Médico: o que é a síndrome do impostor?
    Foto: CNN (17.ago.2020)

    “Apesar de ter a qualificação adequada e chegado no posto almejado, a pessoa acaba fazendo um julgamento inferior da real situação quando está vivenciando a sensação de quem escalou e chegou no topo da montanha, e se sente não merecedor”, classifica Gomes.

    É desse sentimento que vem a “a ideia do que a pessoa sabe e do que acha que os outros sabem”. Isso envolve a autoestima e a saúde mental, além de poder acabar “funcionando como uma crise de identidade”.

    “Apesar de um alinhamento dos lobos frontais na busca de metas, realizando estudos e trabalhos, a própria pessoa chega na conclusão de que não sabe tudo o que poderia saber ou que outros estariam mais qualificados do que ela para estar naquela realidade de comando”, diz.

    “Como especialista, a gente sabe que o conhecimento está sempre mudando, então a pessoa tem a sensação de que outras poderiam estar ocupando essa posição de uma forma mais legítima”, completa o médico.

    Segundo ele, a síndrome do impostor é comum entre pessoas em postos de liderança, que, muitas vezes, temem passar por isso. Ele frisa que há tratamento.

    “Tem forma de ser diagnosticado, tratado e ser trabalhado para que a pessoa possa viver melhor e usufruir de todo o esforço que desempenhou até chegar nesse ponto de destaque”, concluiu.

    (Edição: André Rigue)