Correspondente Médico: O que é e quais as causas da paralisia infantil?
Vacina contra a doença foi desenvolvida em 1950
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na terça-feira (25) a erradicação da poliomielite na África. O anúncio oficial foi feito por videoconferência e reuniu o diretor-geral da OMS, o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, a diretora da organização para a África, Matshidiso Moeti.
A poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca de pessoas contaminadas. Ela pode provocar, ou não, a paralisia infantil.
Na edição desta quarta-feira (25) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou o que é a poliomielite e quais as causas para o desenvolvimento da doença. “Isso mostra que a medicina global funciona e teve um esforço de diversos países para combater esta doença. Esta informação da OMS deve ser comemorada, iniciou.
De acordo com o médico, o vírus pode atingir a medula espinhal e as ramificações nervosas que podem provocar paralisia e muitas vezes impactos neurológicos definitivos.
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“Esta é uma doença infecciosa e tem como principal problema o acometimento do sistema nervoso central. Ela promove uma contaminação por via oral e fecal. O vírus também se desenvolve na garganta ou no intestino e pode chegar ao sistema nervoso através da corrente sanguínea. Portanto, conseguir erradicar esta doença é um grande motivo para comemorarmos”, explica.
A vacinação é a única forma de prevenção nestes casos. Todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual.
A doença quando não tratada corretamente pode deixar sequelas graves no organismo do indivíduo infectado pelo vírus. Entre as consequências, está a dependência de aparelhos respiratórios por tempo indeterminado.
“Quando existe o acometimento do sistema nervoso central, temos a atrofia muscular, perda ou diminuição da possibilidade de mover um membro e atrofia definitiva deste músculo, além da sequela definitiva motora. Conforme o nível do acometimento, sequelas graves podem existir. Em alguns casos, os indivíduos podem ficar dependentes da de aparelhos respiratórios durante muito tempo. Por isso é importante ficar atento”, finaliza o médico.
(Edição: André Rigue)